O enigma das eleições de 2016 não
é tão difícil de ser decifrado. Não é só a crise de representatividade que será
a tônica, mas também o fim de um tipo de discurso bipolar, ora depressivo, ora
ufanista que vai acabar. Da minha perspectiva, o eleitorado tende a reparar e
superar por descarte apostas e aventuras de 2012 e 2014. E isso não vai atingir
um único partido como alguns dos magoadinhos e chorões gostariam. As crises
econômicas, as agitações e manifestações sociais ocorridas, as batalhas do
impeachment, o blá blá interminável sobre corrupção, culpa, decepção e o
discurso da desgraça vai ter um limite. Creio que aquela parte do eleitorado de
30% que se desloca entre esquerda. centro e direita, nas eleições de 2016
tenderá a depurar mais seus votos. Fará uma operação cognitiva e prudencial, ou
seja, vai tentar olhar melhor para as opções e evitará riscos. Tenho pensado
nisto como uma espécie de racionalização ou em algo parecido a isto. O discurso
depressivo, depreciativo, de culpa, vingança ou ódio, assim, não vai levar a
melhor na eleição. O discurso ufanista, mágico e dos vendedores de ilusões também
não vai levar a melhor. Ainda que alguns eleitores por perfil psicológico
tenham por hábito ficar mais na choradeira do que na reflexão no período
eleitoral. A crise pega os de baixo bem mais do que os de cima como se pode
ver, mas os de baixo vão tentar se estabilizara mais ainda no juízo político.
Não anda nada difícil saber quem é quem mais. Assim, penso que os candidatos
com cabeça fresca, idéias claras e boa vontade são a chave para começar a
construir uma nova política com humildade, sem exageros e nem excessos. Não
adianta vender ilusões de que tudo está bem, mas também não adiantará em nada
ser o candidato ou candidata da crise. A busca de estabilidade com mudança de
qualidade será a tônica e a diretriz do raciocínio da maioria do eleitorado. Aqui
só algumas pistas....
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