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sábado, 11 de maio de 2019

A GREVE NACIONAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA NUNCA FOI TAO NECESSÁRIA


A educação está sendo atacada de cima abaixo, na pós graduação, na iniciação científica, com diversos programas extintos, nas universidades sendo sucateadas e perdendo recursos, nas escolas federais e militares, nas escolas estaduais e municipais, os educadores podem ter que trabalhar entre cinco a dez anos a mais para se aposentar com salário integral, somos atacados publicamente por um monte de incapazes, desrespeitados com escola sem partido, atacam Paulo Freire na maior covardia, propõe ensino domiciliar e familiar para não ter que pagar mais professores, no RS estamos quatro anos e cinco meses sem reajustes, recebendo salários atrasados a 42 meses e ainda tem colega achando que ainda precisa discutir essa greve. O governo federal colocou no ministério da educação o que poderia ter de pior para estar lá. Tem professor sendo filmado e morto nas escolas. Querem fazer arminha e armar as pessoas e quem vai sofrer mais somos nós mesmo que ainda tentamos defender e trabalhar com alguma cultura. Essa greve, do dia 15 de maio de 2019, é tão óbvia e tão evidente que é absolutamente necessária e deve ser realizada com grandes manifestações de todos os estudantes, educadores, pais e mães de todo o país.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

INJUSTIÇA COM SÃO LEOPOLDO


A injustiça perpetrada pelo governo do estado com a saúde do povo de São Leopoldo e da região atendida pelo Hospital Centenário. 3% é o resultado da política das migalhas, do descaso e do desrespeito. Mostra a irresponsabilidade do Governo Estadual que atende 25 municípios.



DEFESA DO HOSPITAL CENTENÁRIO: COMPARAÇÃO COM O FINANCIAMENTO DE OUTROS MUNICÍPIOS POR PARTE DO ESTADO & APOIO AO COMITÊ


Enviei convite para praticamente todos os meus amigos e amigas do Facebook para curtirem essa página COMITÊ POPULAR EM DEFESA DO HOSPITAL CENTENÁRIO, de defesa do Hospital Centenário. Peço o apoio de todos.

O Hospital Centenário completou em 15 de fevereiro deste ano, 88 anos de funcionamento ininterrupto na cidade e região e atende a população de 25 municípios das regiões do Vale dos Sinos, Caí e Paranhama em especialidades para as quais é referência, além de atender as urgências e emergências que são encaminhadas ao Pronto Socorro, por exemplo, quando ocorre um acidente de trânsito na BR 116 ou na RS 240, é no Hospital Centenário que essas vítimas são atendidas, após o socorro do SAMU. Porém, sofre com o Descaso Histórico do Governo do Estado que repassa apenas R$ 255.000,00 ao mês para a instituição o que equivale a apenas 3% dos recursos para manter a instituição aberta e em operações. O Governo Federal repassa R$ 1.700.000,00 mensais o que equivale a 19% do custeio. Isso tem obrigado a Prefeitura Municipal de São Leopoldo a arcar com mais de R$ 7.000.000,00, ou seja, 78% dos custos operacionais da instituição. O absurdo é tamanho que outros Hospitais do estado, com menor capacidade instalada (número de leitos e bloco cirúrgico, bem como, UTI Neonatal e UTI Adulta) recebem mais recursos,inclusive hospitais de municípios bem próximos, como é o caso dos Hospitais de Esteio ( R$ 2.011.000,00), Sapucaia do Sul (R$ 3.380.000,00) e Novo Hamburgo (R$ 2.740.000,00). Isso é uma INJUSTIÇA como o povo de São Leopoldo e a Administração Municipal que dispende mais recursos na manutenção de um serviço de saúde que é de interesse de toda a região e que também é de responsabilidade do Estado.

Ajude a divulgar essa luta justa e vencer o descaso, o descompromisso e a irresponsabilidade da Administração Estadual.

HOSPITAL CENTENÁRIO DE SL E REGIÃO: ESSA CONTA NÃO FECHA!


Em nota da Secretaria Estadual da Saúde, esta afirma que recebeu, na nova gestão, mais de uma vez o prefeito de São Leopoldo, para tratar da questão do custeio do Hospital Centenário. Porém, não apresentou até hoje nenhuma resposta para contribuir com a garantia da atenção à saúde hospitalar em diversas especialidades, dos moradores de diversos municípios da região do vale do Rio dos Sinos, Caí e Paranhama que são atendidos pelo Hospital Centenário de São Leopoldo.

Os 25 municípios atendidos pelo Hospital são:

1.            Barão
2.            Brochier
3.            Capela de Santana
4.            Estância Velha
5.            Esteio
6.            Harmonia
7.            Ivoti
8.            Lindolfo Collor
9.            Maratá
10.          Montenegro
11.          Morro Reuter
12.          Nova Hartz
13.          Pareci Novo
14.          Portão
15.          Presidente Lucena
16.          Salvador do Sul
17.          Santa Maria do Herval
18.          São José do Hortêncio
19.          São José do Sul
20.          São Leopoldo
21.          São Pedro da Serra
22.          São Sebastião do Caí
23.          Sapucaia do Sul
24.          Tabaí
25.          Tupandi

Ora, a saúde desses 25 municípios, com mais de 770 mil habitantes de população estimada pelo IBGE, em certas especialidades (Frenologia, Rede AVC, Oncologia), é praticamente custeada exclusivamente ou majoritariamente pela Prefeitura Municipal de São Leopoldo. Com setenta e oito por cento dos recursos no custeio, manutenção e pagamento de salários de funcionários, enfermeiras, médicos e todos os profissionais. Assim, a Prefeitura Municipal contribui nessa conta com 78%, o Estado contribui com apenas 3% e a União com 19%.

É um grande absurdo essa injustiça, o tamanho descaso e o tamanho desrespeito com a população de São Leopoldo. Não se trata aqui de uma discussão política ou partidária ou de uma discussão de quem é o prefeito ou quem é o governo, aqui se trata de fato de fazer justiça e garantir e proteger a saúde da população de nossas cidades.

HISTÓRICO DO HOSPITAL CENTENÁRIO


O Hospital Centenário foi concebido no ano de 1924. Na ocasião, foi lançada a pedra fundamental do Hospital Municipal, na Praça 20 de setembro e um imposto foi criado com objetivo de prover fundos para a construção do hospital. Além disso, a comunidade se organizou na busca de recursos extras através de doações, chás, concertos e peças teatrais com a arrecadação totalmente destinada a este fundo.

Em função da Revolução de 1930, as obras foram aceleradas, pois o Governo do Estado mandou prover o hospital para deixá-lo em condições de receber revolucionários feridos. Encerrada a revolução o governo manteve a subvenção que permitiu finalizar a obra.

Em 15 de fevereiro de 1931, na administração do intendente Theodomiro Porto da Fonseca, aconteceu a inauguração do Hospital, que foi denominado Centenário em homenagem aos 100 anos de fundação da Colônia de São Leopoldo. Na ocasião o Hospital Centenário era administrado pelas Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade.

Em 1933, foi iniciado o projeto de áreas de isolamento e o Hospital Centenário já era referência em atendimento à população do Vale do Sinos. Nessa época o HC era mantido por taxas cobradas pela Prefeitura, subvenções do Estado e pequena arrecadação de pacientes particulares. No ano de 1960 o Hospital Centenário passou a contar com plantão médico 24 horas.

No ano de 1989, através do Decreto nº 1858/89, foi criada a Fundação Hospital de Clínicas de São Leopoldo – Hospital Centenário (FHCSL), à época a FHCSL era uma fundação pública de direito privado, tendo sido transformada em 1990 para uma fundação pública de direito público através da Lei nº 3640/1990.

A Lei Municipal nº 4902, de 02 de abril de 2001 reestrutura a Fundação Hospital de Clínicas de São Leopoldo – Hospital Centenário que passa a chamar-se apenas de Fundação Hospital Centenário.

No dia 28 de agosto de 2017, o prefeito Ary Vanazzi assinou o decreto que transforma em 100% SUS os serviços prestados pela instituição. Um conjunto de medidas para redimensionar os serviços ao seu real custeio foram postas em prática durante 60 dias. Uma das medidas foi tornar toda a capacidade instalada do Centenário para o atendimento à população que utiliza o Sistema Único de Saúde.

O município passa por uma grande crise financeira herdada da gestão anterior que lhe legou duas folhas de pagamento atrasadas, 13º e férias atrasadas, além de diversas dívidas com fornecedores. Isso obrigou, inclusive, a parcelar os salários do funcionalismo desde o início da gestão. Em síntese, o decreto de número 8.843 determina que a Fundação Hospital Centenário destine 100% de seus serviços de saúde, ambulatoriais e hospitalares, exclusivamente ao Sistema Único de Saúde e concede prazo de 60 dias para que a Fundação proceda todas as adequações necessárias.

Hoje, em 2019 a situação continua igual, pois a Prefeitura de São Leopoldo custeia cerca de 78% da Fundação Hospital Centenário, o governo federal pouco mais de 19% e o governo do estado menos de 3%. Sendo que em muitos casos no ano de 2018 foi necessário judicializar os repasses dos recursos estaduais.

Em virtude dessa crise e do não pagamento por parte do estado de recursos devidos, o município e a direção da Fundação Hospital Centenário sustaram o atendimento de neurologia e neurocirurgia que abrangia pacientes de 15 municípios para os quais o Centenário era referência na rede de saúde para esta especialidade. O serviço foi transferido para o Hospital de Canoas, mas mesmo lá também ocorrem dificuldades no atendimento por falta de recursos de custeio por parte do estado.

Assim, a crise do Hospital Centenário tem impacto regional – que ganha concretude em uma dívida de R$ 40 milhões ao ano, com passivos mensais que ameaçam diariamente a manutenção de suas atividades. Isto se expressa em distintas formas e âmbitos, que perpassam a assistência em saúde, gestão de trabalho, gestão hospitalar, gestão financeira e sua participação social. Analisar esses diferentes aspectos de sua crise, torna possível refletir e elaborar planejamento para o futuro dessa instituição.

A atual situação do Hospital Centenário é resultado destes impasses que, ao longo dos anos, entre repasses de recursos insuficientes para suas atividades (subfinanciamento da saúde) por ineficiência de algumas gestões (insuficiência de planejamento de médio e longo prazo, que pressupõem conhecimento das necessidades de saúde, com metas claras e precisas e perspectiva de alcance de qualidade).

Lembremos que a Política Nacional de Atenção Hospitalar preconiza que o financiamento da assistência hospitalar é realizado de forma tripartite, pactuado entre as três esferas de gestão, considerando sua população de referência. Assim, causa estranhamento que um Hospital com a complexidade do Centenário, com habilitações em alta complexidade e características regionais, não tenha efetivado um Financiamento por Orçamentação com recursos suficientes para desenvolvimento das atividades em saúde; estranheza em relação às escolhas realizadas de gestão municipal e a falta de políticas de Estado que busquem equacionar e solucionar as desigualdades de financiamentos. O subfinanciamento da saúde não acontece por acaso, é realizado para diminuir, asfixiar, uma política pública, que compreende saúde como direito de todos. Para os analistas de políticas o não-fazer configura-se em política, são escolhas realizadas pelos governantes e tomadores de decisões.

A insuficiência de repasses estaduais e federais e cronogramas irregulares de repasses vem forçando os municípios a investirem cada vez mais em seus hospitais. E, em muitos casos, a maior parte dos municípios tem reduzido a oferta de serviços e atendimentos.

O Sistema Único de Saúde é uma política que traz em si expressa responsabilidades para os três entes federados (União, Estados e Municípios) com objetivo que se garanta a saúde como direito para todas e todos, cidadã e cidadão. Dessa forma, essa política deve ser desenvolvida, com diálogo, respeito e transparência, para efetivação de uma política que é estatal e não de governo.

Em virtude desse quadro que atinge nossa cidade e seu povo e mais cidadãos e cidadãs de 25 municípios que são atendidos no Hospital Centenário, convidamos a população a somar esforços nessa luta.

O HOSPITAL CENTENÁRIO DE SÃO LEOPOLDO E DA REGIÃO

Vou publicar aqui, neste blog, uma série de artigos sobre a disputa do Governo Municipal de São Leopoldo sob a liderança do Prefeito Ary Vanazzi, por mais repasses para o financiamento do Hospital Centenário que atende 25 municípios. Espero contribuir pela distribuição justa de recursos para a saúde de São Leopoldo e que isso contribua para desonerar a administração municipal do profundo ônus que tem arcado no atendimento a saúde da população de nossa cidade e das demais vinte e cinco cidades que são referenciadas ao nosso hospital. 

domingo, 5 de maio de 2019

MEU VELHO ESCRITÓRIO


SOBRE MINHAS INFLUÊNCIAS PEDAGÓGICAS - RESPONDENDO A UM ACADÊMICO – REVISADO E AMPLIADO DE UM ORIGINAL DE MAIO DE 2017


Optei aqui por não tratar de teorias específicas e nem nominar as personagens que incidiram sobre mim na prática e na reflexão pedagógica.  Construo a minha forma de ser professor a partir da experiência e da reflexão sobre ela. Tento articular sempre a prática docente com teorias e ideias pedagógicas, psicológicas, sociológicas e filosóficas as quais tive acesso na minha formação e que eventualmente são revisitadas. Mas também procuro me atualizar e muitas vezes me vejo às voltas com teorias novas ou com conhecimentos que não tinha apreendido. Também me ocorrem revisões e melhorias em relação às minhas compreensões das teorias e das práticas pedagógicas e docentes. Baseio muito minha os conteúdos e os métodos de minhas docência sobre o contexto histórico que vivemos e sobre o qual devemos refletir, interpretar e nos posicionar. Me ocorrem também insights e descobertas a partir de experiencias e vivências pessoais e de colegas.  Assim, além da aquisição de teorias, creio que é preciso incorporar a sabedoria prática ou técnica de outras pessoas. Confesso que aprendi muito com dicas, sugestões e observações de meus colegas de outras disciplinas, da mesma área de humanas e da mesma disciplina. Mesmo de outros educadores que não lecionam na mesma escola ou rede – municipal, estadual, pública ou privada, em nível superior ou básico – recebo alertas e observações e mantenho um diálogo com eles sobre temas pedagógicos e gerais. Também é importante defender e construir uma compreensão sobre certos valores humanos e culturais. Seguir exemplos de paciência, boa vontade, boa fé e respeito a dignidade das pessoas. As influências de meus pais, irmãos e parentes foram muito importantes nesse sentido, de meus professores e professoras são decisivas, e sou permeável também às influências de muitos amigos e amigas, alunos e alunas, colegas e, também, de pessoas comuns de outras profissões e atividades. Meus professores de história, geografia, letras e artes foram fundamentais durante a educação básica. Mas também professores de outras disciplinas com os quais tive certos privilégios. No ensino superior, muitos professores e professoras e, também, colegas me influenciaram em aulas e em diversos tipos de discussões, painéis, defesas de teses e dissertações e apresentações de trabalhos. Recebo muitas influências de diversos teóricos da educação e a participação em seminários, debates, projetos, programas e também minha participação sindical me influenciaram muito. Mas também recebo no meu ofício de professor uma forte influência do teatro, do cinema, da música e de muitas outras artes. Minha forma de ser professor é baseada nesta apreensão de exemplos e no exercício de construir a experiência em sala de aula e na preparação das aulas, das atividades e das avaliações e feedbacks ou retornos dos alunos e alunas. Confesso também que fico muito atento aquilo que os alunos e alunas trazem de suas experiências e posso até mesmo mudar os planos conforme aquilo que se apresenta em sala de aula no contexto imediato e não planejado de interação e conhecimento dos alunos e alunas.