“Um esporte favorito da esquerda é uma modalidade de
suicídio que consiste em destruir quem é de esquerda, mas não da sua facção.
A direita não faz isso. Ela tem consciência de seus
interesses. Suas facções podem não se amar, mas não se destroem.
Os ataques ofensivos a Haddad são um exemplo desta vocação
arriscada de parte pelo menos da esquerda.
O prefeito disse a verdade: não há dinheiro para o passe
livre.
E, se houvesse, era melhor ir para a educação.”
Meu comentário:
Primeiramente, aliás, compartilho em minha página porque o
Haddad esteve aqui no Fórum Social Temático de Porto Alegre e é muito provável
que esta questão seja colocada para sectarizar a relação mais uma vez e dizer
que não dá certo....
SOBRE HADDAD E O PASSE LIVRE
Muito preciso teu comentário e posição Renato Janine
Ribeiro! Tens razão. Uma parte da esquerda vive ainda de discurso e pensamento
mágico e uma outra parte cai no discurso do fim do mundo. Chamo isso de
bipolaridade neurótica da esquerda. Parte de uma agenda ou pauta que é sempre
absoluta (tudo ou nada) e inegociável e acaba sempre derrotando as alternativas
e contribuindo para passar o poder para a direita. E em geral chamamos estas
posições de esquerdismo....este é para mim o debate mais crucial para a
sobrevivência e o fortalecimento da esquerda brasileira hoje e ele nos leva
diretamente para a discussão e a formação em diálogo e de forma respeitosa com
a juventude e seu papel coletivo no Brasil que está em plena transição
demográfica. Ou faremos isso - unificando e acordando propostas e compreendendo
limites - ou seremos soterrados pelo processo de acomodação demográfica e
geracional.
P.S.: uma parte da esquerda trabalha para impugnar a outra
parte imaginando que deve atingir ou ocupar seu limite eleitoral...jamais
trabalhando na perspectiva de aumentar as frações da sociedade que aderem a
ela...por isto esta briga canina pelo tal "único" osso...quando
existem bem mais coisas a serem conquistadas....
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