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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

HISTÓRIA DO USO DA RAZÃO, ORIGINALIDADE E FORMAÇÃO FILOSÓFICA

"Aquele que quiser aprender a filosofar deve encarar todos os sistemas de filosofia apenas como história do uso da razão e como objecto para o exercício do seu próprio talento filosófico. O verdadeiro filósofo tem, portanto, que pensar por si próprio, de fazer um uso livre e pessoal, não um uso imitador e servil, da razão."

Immanuel Kant, Lógica, Introdução

Precisamos mesmo assim estudar com cada vez mais rigor a história do uso da razão para evitar repetições e também para perceber diferenças de qualidade real e não apenas aparente.


Esta semana encontrei um ex-colega no Fórum Social Temático que afirmou pela segunda ou terceira vez sua crítica ou melhor contrariedade com a nossa formação clássica na UFRGS e o currículo de filosofia. Lembrou que em 1991 na hora da sua matrícula o Prof Pertille lhe informou que ele tinha que adaptar suas escolhas de disciplinas à forma como o currículo estava organizada após a reforma curricular e que ele deveria fazer primeiro tais e tais cadeiras. Isso porque no ano que ele entrou na filosofia o currículo havia sofrido uma reforma e reorganizada temporal e temática e eu respondi que tinha sido o representante dos alunos naquela discussão e usado o argumento – já soterrado pelo tempo de que era mais fácil ou melhor estudar as bulas papais porque assim pelo menos se tinha começo meio e fim e se sabia e se poderia saber de forma organizada o que vinha antes ou depois. Afirmei que entendia que nossa formação tinha um pressuposto interessante: há certa necessidade de estudar alguns filósofos primeiro até mesmo para saber sobre o que outros andam pisando. Para mim o caso mais clássico vai passar por Nietzsche cujas diatribes ou críticas geniais não tem a metade do valor real sem serem confrontadas com o chão sobre o qual ele pisa. E, desta vez, o ex-colega entendeu nossa posição e orientação curricular sistemática e histórica não como uma negação das idéias dos filósofos não sistêmicos ou críticos aos clássicos, mas como um pressuposto para sua real compreensão. Neste sentido é bom querer estudar certo filósofo mas nesta iniciativa vamos encontrar também o dever de estudar outros. Aplicando ao caso em pauta por um colega do desejo de estudar este ou outro filósofo e se ele tem ou não seus argumentos m bom estado isso tem consequências...

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