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domingo, 31 de janeiro de 2016

INTERNALISMO OU DIALÉTICA NA CIÊNCIA – EM DETALHE DE MINHA ANÁLISE DAS FORMAS INTERNALISTAS OU DIALÉTICAS DA FILOSOFIA BRASILEIRA APLICADO A CRISE DA CIENCIA ATUAL – COMENTANDO ARTIGO SOBRE A CULPA DA CRISE

O artigo toca num dos pontos essenciais de uma ciência ou filosofia numa sociedade democrática: diálogo  ou dialética com a sociedade para superar o internalismo.  Mas creio que falar em culpa aqui deve ser relativizado. Pois também cabe a sociedade realizar diálogos e ao estado produzir mecanismos reais para promovê-los. Mas a análise e a exposição é muito boa e deveria virar alguma diretriz  geral tanto na crise agora quanto após ela. Me fez lembrar de nossas discussões em defesa dos recursos da Fapergs em 1991 (Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul) durante o governo Collares,  bem como, depois os cortes de verbas do CNPq e Capes do Governo FHC – e inclui aqui toda luta pela sobrevivência das universidades e institutos de pesquisa durante o período neoliberal. E tudo isto deveria ser cotejado  - para efeitos de balanço e ilustração – com aquele esbulho do Projeto Chiarelli para o Ensino Superior Brasileiro no Governo Collor, para se ter uma ideia de quão longe estamos do fundo do poço e de quanto nos afastamos em 25 anos disto. Além de outros dramas de sucateamento e inviabilização paulatina do ensino superior público e privado e do incentivo a ciência que foram superados. Não digo com isto que não há problemas e sérias dificuldades que ainda persistem e muitos projetos importantes não contemplados. Abro aqui o quadro no tempo para lembrar algo que alguns desesperados de hoje sequer lembram, registraram ou viveram bem. E também é importante mostrar que isso pode ser superado e pode ser passageiro e que podemos construir um futuro com outra concepção e outras práticas de diálogo com a sociedade.  Precisamos sim superar a mão única de recursos públicos para a ciência sem diálogo ou retorno com a sociedade ou do diálogo restrito ciência e instituições de fomento, agências e órgãos governamentais. A sociedade não irá valorizar a ciência e nem  a ciência vai dar a mínima para a sociedade se a superação disto não for constituída.  E uma sociedade democrática, uma cultura ampla e a promoção da ciência e da educação científica só tendem a ganhar com isto. Uma sociedade democrática exige justificação pública dos investimentos e, além disso, mais comunicação e acessibilidade aos resultados gerados com recursos públicos. Dar visibilidade a isto pode contribuir em muito também com a a tração de mais recursos por outras fontes – além das públicas – e gerar mais interesse da população em relação ao tema em geral e em alguns casos específicos constituir um novo paradigma na formação e educação para a ciência, a tecnologia e a cultura. Tenho observado como professor do ensino básico, para terminar e fugir um pouco do enfoque ao tema, uma nova geração inteira de novos talentos que poderiam estar já sendo focados, apoiados e mantidos pelo estado na formação de novos cientistas e isto também poderá ampliar nossa capacidade de produzir ciência e evitar o desperdício de recursos numa formação que se inicia apenas ao meio termo do ensino universitário. Há sim uma crise, corte de recursos, mas não podemos perder de vistas as saídas, as urgências e avaliar sempre prioridades e fazer a crítica sim de equívocos. Neste texto o autor a ponta que a culpa não é só do governo e que precisamos dividir as responsabilidades, mas também mudar nossa conduta em relação ao tema. Ao meu ver, superar o internalismo e dialogar com a sociedade o que é uma exigência da democracia e viável com as atuais tecnologias disponíveis. 

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