A Revolução Farroupilha ocorre no
Período do Brasil Império (1822-1889). Entre setembro de 1835 e março de 1845.
A Província de São Pedro foi dividida em duas facções: uns defendiam a unidade
nacional e a manutenção do RS como estado Brasileiro e para isso mobilizaram
nacionalistas e imperialistas e, outros, os revoltosos ou republicanos, que
mobilizaram em todo o estado estancieiros, militares da reserva da guarda
nacional e todos aqueles que tinham ideias republicanas e emancipacionistas ou
mais federalistas. A causa da revolução era diversa e difusa, pois haviam tanto
ideias republicanos, quanto interesses de
estancieiros descontentes, quanto muitos combatentes da guerra cisplatina
(1825-1828), que não haviam recebido suas indenizações.
Haviam também alemães dos dois
lados da revolução. É importante registrar que os negros também se engajaram na
guerra em busca da liberdade e alforria da escravidão. Com eles foi constituída
cavalaria e infantaria formada por lanceiros negros, cujo final trágico ocorre
no Massacre de Porongos, à beira de conquistarem a liberdade definitiva de seus
senhores.
Em São Leopoldo e na região de
colonização alemã, a Revolução trouxe a divisão entre os descendentes de
açorianos e alemães. Os alemães revoltosos foram liderados por Hermann Von
Salisch (1797-1837) e os imperialistas pelo Dr. João Daniel Hillebrandt. Salisch
liderou os colonos alemães engajando-os para o exército farroupilha e também
escrevendo e publicando um jornal farroupilha em alemão que é noticiado como o
primeiro jornal da história do Rio Grande do Sul. O Colono Alemão (1836), era
impresso em Porto Alegre, teve a vida breve de um ano e era voltado aos alemães
entre aqueles que podiam se juntar aos revoltosos. Já o Dr. João Daniel
Hilebrandt era o então diretor da colônia alemã que lutava para garantir as
vitórias do Império contra os revoltosos com a orientação militar do futuro
Duque de Caxias, o patrono do Exército Brasileiro.
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