Quando, em 25 de julho de 1824,
chegam a São Leopoldo os primeiros 39 imigrantes alemães, após longa viagem de
mais de quatro meses, eles foram hospedados na casa da Real Feitoria do Linho
Cânhamo. Eles foram cadastrados para emigrar da Alemanha de então, por parte do
major Schaefer, e chegaram aqui de modo que muitos arranjos forma feitos para
garantir o transporte dos mesmos do Rio de Janeiro até Porto Alegre e desta
capital da Província de São Pedro para São Leopoldo.
Somando-se aos descendentes de
portugueses e negros já instalados em fazendas na Feitoria do Linho Cânhamo,
que até então atuavam na economia local, os imigrantes superaram barreiras
culturais, lingüísticas e a falta de recursos, trouxeram para a região não
somente agricultores, mas também artesãos, trabalhadores de nível técnico e
mais tarde industriário, num ciclo de imigração que segue por mais de 50 anos e
que povoa toda a região próxima a cidade e outras regiões do estado com
imigrantes alemães. Haviam índios também na região, alguns aculturados e outros
não adaptados. Esta contribuição étnica alemã somada às demais, é a base
cultural e social do desenvolvimento da cidade e da sua história política e
administrativa na região e estado. Isto acabou transformando a região num
expressivo cenário produtivo, comercial e de uma cultura de diversidade.
Fontes:
DREHER, Martin. O Desenvolvimento
Econômico do Vale do Rio dos Sinos. In: PELOS CAMINHOS DA RUA GRANDE: Histórias
da São Leopoldo Republicana. Org. ARENDT, Isabel C. e WITT, Marcos A. São
Leopoldo: OIKOS Editora, 2011, pp.43-53
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