A relação da cidade com o Rio dos
Sinos é fundamental para compreender a sua história e o seu desenvolvimento. As
enchentes desse rio fazem parte dessa história. Já na implantação da colônia em
1824, ocorreu séria controvérsia sobre a localização da sede. O presidente da
província indicou e ordenou que os colonos se instalassem na margem direita de
quem desce o rio. Ao contrário disso, eles acabaram ocupando também o lado
esquerdo. Haviam razões econômicas e sociais para isso. Era fundamental para os
interesses comerciais encontrar e se situar em áreas próximas à Rua do Passo,
atual Rua Independência. E foi assim que
a sede da cidade depois se desenvolveu no centro e seu entorno pela Rua do Passo
na direção dos morros e bairros que hoje conhecemos como São José, Morro do
Espelho, Cristo Rei e Fião. Ao mesmo tempo, as regiões de banhados foram sendo
aterradas. Para citar apenas dois ou três exemplos. O atual bairro Rio dos
Sinos foi ocupado muito rapidamente por olarias e moradias. Mais tarde na
primeira quadra do século XX, o bairro Campina começou a ser ocupado. Por fim,
o Bairro Jardim Viaduto entre a BR 116 e a Campina começou a ser ocupado a
partir dos anos 60. Todas as enchentes ao longo da história da cidade tiveram
consequências nas vidas dos habitantes. Casas foram construídas, em alguns
locais, com altura para reduzir esses impactos. Com a construção dos diques nos
anos 70 do lado sul da cidade ou na margem esquerda, o centro da cidade ficou
protegido a partir de então. Já nos anos 80 a região norte ainda não possuía
diques de contenção das cheias. Isso gerou uma luta que acabou conquistando
finalmente o complemento da obra. Constam nas fotos vistas aqui e em muitas
outras datas do século XX. Por exemplo, 1924, 1926, 1941, 1965, 1985, 1987 e
depois já no século XXI, em 2009 o sistema de contenção das cheias passou pelo
seu maior teste.
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