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quinta-feira, 10 de julho de 2014

TI FILOSOFIA?

Quando minha filha Antônia, por certa ironia do meu destino filosófico e por conta da sua forma própria de fazer isto e seu ambiente cultural, aprendeu a falar ela usava uma expressão exclamativa frente certas situações. Em vez de dizer "que" ela usava "ti". Então era "ti perigo", ti bonitinho", "ti legal" e etc. Pois não é que o "ti" é justamente o "que" em grego, no "to de ti" aquilo que é e em "ti estin" aquilo que "quid" dá a ideia da coisa ou quididade de certa forma. E eu fiquei pensando nisto desde os três anos dela, isto é, fazem seis anos já. No começo era uma brincadeira e fazia certa piada, mas por hoje me dou conta das perguntas que não me fiz ou não me coloquei sobre isto. Em todo caso: "ti" acaba sendo um vocábulo que por semelhança auditiva e na prática esta ligado ao nosso pensamento mais primitivo sobre o que é e como é. E eu gostei de saber disso, não somente por minha filha e a língua grega, mas por nossas crianças, nosso pensamento e nossas formas de linguagem.

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