Muitos confundem e julgam haver a virtude da coragem em alguns atos que não passam de audácias, impulso egocêntricos e hedonistas ou ímpetos aventureiros. Não está, a diferença entre coragem e audácia, somente nas consequências ou nos propósitos; uma tolice deveria poder ser compreendida antes de ser cometida, mas para isto seria necessária certa base de educação, informação e alguma forma de reflexão virtuosa e moral. Mas o audaz não faz isso, o audaz age simplesmente. Não levamos em consideração alguma suas motivações, não relativizamos sequer sua liberdade ai. Ao agir de forma irrefletida, arriscada e inconsequente ele desperta em nós a percepção de uma falta com o próximo e consigo mesmo. Falta-lhe aquela combinação entre liberdade e cuidado de si. Seria dele a responsabilidade pela ação, mas julgá-lo corajoso ou audaz cabe a nós, as testemunhas. Na ausência de reflexão moral delega-se a outros o juízo sobre nossos atos.
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