Deu a lógica nas semifinais, Brasil x Alemanha e Holanda x Argentina. Após uma série de excelentes surpresas nos grupos, nas oitavas, nas quartas e hoje a Costa Rica, como ontem a Colômbia, se despedem da Copa dando um espetáculo do futebol latino-americano para o mundo. Cabe elogios aos países africanos Nigéria e Argélia, pois somados aos latinos deram muito trabalho aos europeus. Neymar Jr. em uma entrevista usou duas palavras bem claras em sua análise desta copa: Equilíbrio e Internacionalização. O futebol hoje - em 2014 - dá mostras de estar muito equilibrado e nivelado e em todos os continentes e países é disputado com conhecimento técnico, esforço e muitas revelações de jogadores com habilidades e talentos tem aparecido em quase todos os países. O fato de haverem muitos jogadores com mais de uma nacionalidade, disputando campeonatos longe dos seus países de origem e, ao mesmo tempo, haver intercâmbios e influências mútuas em escala global tem feito o futebol,ser muito mais disputado e as partidas serem resolvidas em detalhes com diferenças bem sutis, mas muito nítidas entre os perdedores e vencedores. Esta é por isto, mas é também a Copa das Copas por ser disputada no continente Latino-Americano e no Brasil.
As duas situações mais graves nesta copa restaram aos latinos também: a saída de Neymar do Brasil por violência excessiva por deficit técnico do juíz e a punição de Luizito Suarez do Uruguai por conta de suas mordidas. No primeiro caso, um juíz espanhol com excessiva tolerância durante o jogo todo, determinou um padrão de jogo inadequado e que deveria ser penalizado rigorosamente. Já no segundo caso um jogador latino que sai da mais grave miséria ascende ao futebol europeu, obtém resultados e constrói uma carreira fantástica na Inglaterra, mas com suas marcas psicológicas recai nos velhos hábitos primitivos de sua jaez original. Eu tinha dito que esta copa era também a copa da superação do sub-desenvolvimento e da miséria na América Latina - como outros comentaristas também o fizeram - mas nota-se como as marcas deste tempo que passou são ainda poderosas sobre nós e entre nós. Em quase todas as jogadas de disputa de bola do colombiano Zuniga contra os jogadores brasileiros eu vi claramente excesso de agressividade e desmedidas, mas o juíz não viu e por pelo menos quatro lances poderia ter dado pelo menos um cartão amarelo que aplaca-se os ânimos do jogador. E a maior prova de que cabe ao juiz fazer isto é a resposta que ele dá em seu twitter ao Neymar Jr. dando mostras da sua incapacidade e insensibilidade de perceber seus excessos, como se fosse claramente inconsciente de sua culpa. O que ele chama de uma jogada acidental é somente uma joelhada nas costas do adversário e naquela condição anormal de jogo não foi por acaso que seu joelho, na área da defesa brasileira, feriu a terceira vértebra de Neymar Jr. É aquela típica jogada desleal e um juiz de futebol dos quadros da FIFA, em um Campeonato Mundial não poderia ter se omitido. O Brasil seguirá em frente, vai avançar apesar disto, Neymar vai se recuperar, mas tanto o juiz deste jogo quanto o jogador que cometeu este excesso entram para história do futebol mundial com este demérito e com o profundo desprezo dos brasileiros e de todos aqueles que admiram o futebol neste mundo. Não precisa haver maior punição do que esta....
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