No pequeno artigo anterior,
FENOMENOLOGIA E LIBERDADE: ALGUNS PLANOS PARA 2014 (25/02/2014), com as
digressões que julguei importante fazer constar então, dei uma bosquejada na
idéia de um plano de ensino da disciplina de filosofia para o terceiro ano do
ensino médio, agora vou me dedicar a pautar e desenhar a idéia de ensino de
filosofia para o segundo ano do ensino médio, para amanhã, enfim, apresentar
ou, melhor seria dizer, reapresentar, com algumas adequações e outros detalhes,
a idéia de ensino de filosofia para o primeiro ano do ensino médio. Após isso vamos tratar do tema do ensino de
sociologia.
Considerando o nosso plano geral
de estudos da área de ciências humanas da escola Olindo Flores da Silva que
abrange todas as disciplinas de forma integrada e articulada, no segundo ano do
ensino médio deveríamos passar a estudar a Filosofia Moderna. Isso será
realizado de forma combinada com as disciplinas de história, sociologia e
geografia.
Creio que com os dois períodos
semanais disponíveis podemos nos dar ao luxo de aprofundar pelo menos quatro
autores clássicos do período. Minha escolha foi por trabalhar René Descartes,
Thomas Hobbes, Jean Jaques Rousseu e Immanuel Kant. Como a introdução envolve a apresentação do
movimento da renascença ou renascimento como fechamento ou período de transição
entre a idade média e a idade moderna, vamos tratar nele de forma panorâmica
Maquiavel, Francis Bacon, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico e os pensadores
que vão fechando a filosofia medieval. Também será apresentado o filme O NOME DA ROSA, baseado na obra de
Umberto Eco, com o objetivo de mostrar e ilustrar já, na idade média, a tensão
entre Fé e Razão.
Este período que segue de 1400
(Renascimento) até aproximadamente 1821 (com a publicação de Hegel, a morte de
Napoleão e as independências nas américas) pode ser considerado um dos períodos
mais ricos da história da filosofia e nele ocorrem talvez as maiores
contribuições decisivas de determinantes ad filosofia para as ciências, as
artes e a política. O período inicia-se com uma ruptura entre fé e razão, e
passa por um bom ciclo de certa fé desmedida no poder da razão, até que chega
Kant e coloca limites ao alcance desta razão. Ao mesmo tempo é um período cujo
principal desafio á filosofia é substituir ou criar novos fundamentos à ciência
que agora se defronta com novos problemas e precisa também de novas soluções. A
abertura perante o desconhecido, a cisma religiosa, a libertação na arte dos
paradigmas e dos modelos morais religiosos, a popularização de certa forma do
conhecimento e o surgimento do homem nos cenário do pensamento, após grande
subordinação da razão às razões da fé.
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