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quinta-feira, 3 de julho de 2014

MINHA QUERIDA DILMA TEIMOSA

Dilma é rígida e intransigente justamente naquilo que todos os outros foram ou são uns molengões. Quando digo isso respeito muito os “outros” os demais líderes políticos, porque talvez a dureza dela seja somente a superação do passado, como um desafio posto pelo passado, como uma possibilidade posta claramente pelo passado. Com Dilma houve uma mudança razoável na velha lógica da governabilidade. E toda a pressão, os ataques da midia, todas as campanhas contra a copa, as tentativas de responsabilizá-la pelas revoltas de junho passado foram em vão, porque em cada resposta dela vem junto esta caraterística da sua firmeza e seriedade que nenhum dos demais consegue suplantar. Ela respondeu à s revoltas do ano passado de forma rigorosa com seus cinco ponto, cujo principal destaque é o Mais Médicos, cujo êxito é extraordinário. A Copa do Mundo tem sido considerada em quase todos os quesitos a melhor copa de todos os tempos e a satisfação com ela é crescente.

Dilma, na minha opinião em defesa do Brasil prefere uma boa briga do que um péssimo acordo e tem se conduzido assim em muitas questões. O que alguns chamam de teimosia, quando seus vis interesses e propósitos são contrariados, é mais seriedade e rigor do que cabeça dura e do que eles estavam acostumados com seus jogos de pressão, ameaças e muitas vezes chantagem política.  Chantagem esta que bota em risco em votações no congresso projetos de claro interesse nacional por caprichos de bancadas de deputados que resolvem morder mais ao estado, sugar mais do governo – para usar as palavras que lhe caem tão bem, senhor Aécio Néscio.

E eu respeito por demais a firmeza e a teimosia dela e creio que é muito bom termos na nossa presidenta uma pessoa que não se curva tão fácil e que nas palavras dela “não se coloca de joelhos” a certos interesses e preocupações cujos objetivos são não somente impopulares, mas regressivos e recessivos. E é justamente o que precisamos na nossa presidenta: que ela segure com firmeza o timão e não se deixe abalar pelas contra-pressões e maquinações que provém de setores cuja única preocupação são seus ganhos e preservar suas áreas de influência no estado brasileiro. Mas por prudência é bom definir bem e ter clareza sobre o que e sob que condições se pode ser mais flexível e negociar mais. Porque não dá simplesmente para ser teimoso em tudo em uma democracia. E é bem bom ter uma equipe que tenha clareza do que são questões de princípios e o que são questões circunstanciais. Creio que Dilma tem isto bem claro e vejo isso em diversas das decisões dela.

Assim, eu confio muito nela e considerando-se minhas tendências críticas, céticas e também idealistas, creio que o povo confia mais ainda, justamente por esta firmeza que não é só aparente não. Só lamento que ela tenha que negociar com um bando de fisiologistas, clientelistas e  nababos que o povo infelizmente elege ainda como deputados, deputadas e senadores e senadoras para ficar só no nível do Congresso Nacional. VEJA ISSO: o PMDB soa como alerta de perigo em todas as situações. Como vamos superar isso? O fato que o partido mais poderosos deste pais é um entrave sistemático a avanços? Basta ver o que fizeram com a CPMF....Reforma Política, Partilha do Pré-sal, CPI da Petrobras e tantas outras questões no Congresso...Isso não significa que o PMDB não ajuda nunca, mas que com sua plataforma de interesses FLEX, toda vez que se envolve em um debate sobre projetos decisivos, ele tende a se curvar aos pequenos interesses e a desequilibrar a possibilidade de avanços.


Mas tenho convicção que esta firmeza dela vai ajudar muito a superarmos isso à médio prazo. Neste sentido acredito que a reeleição dela deixa na seca mais um tempo os fisiologistas tradicionais e pode impedir que o velho jogo das raposas se faça em festa com um governo mas FLEX tanto de um lado quanto de outro dos seus opositores. Quando penso no programa dos seus adversários e na síntese possível dos interesses que se agrupam em torno deles chego a temer pelos avanços tão arduamente conquistados nos últimos 12 anos. A nossa democracia é plena hoje em dia e isso é uma conquista já, que precisa ser garantida ainda com mais inclusão social e desenvolvimento econômico e que precisa ser aperfeiçoada, mas é preciso avançar mais. Porque para mim o que falta é para alguns um  aparente detalhe, que é o povo que precisa assumir sua responsabilidade pela sociedade em que vive e eleger melhores representantes sim. Não adianta culpar os políticos e votar na corja e na catrefa que faz política profissional sempre curvando a espinha a interesses muito ruins e que joga no cenário político mais na retórica e no vale tudo do que na seriedade e com programas políticos sérios. E por mais séria que seja a nossa Presidenta é obrigada pelo formato deste sistema a governar com estes. 

Daí porque, enfim, a tal reforma política é cada vez mais necessária para desatolarmos o Brasil e darmos um ritmo mais seguro e determinado às mudanças com a mais plena, informada e consciente participação do nosso povo nas decisões. Para alguns isso é idealismo, para nós é um projeto de Brasil com Democracia.

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