Fui bem provocado sobre a
existência de um cânone filosófico que explicaria ou enquadraria os autores e
suas obras naquelas grandes categorias de grandeza é qualidade máximas que são
expressas com os designadores de geniais, clássicos grandes obras ou grandes
autores/autoras. Pela manhã até escrevi uma postagem que se perdeu e que
acompanharia um texto meu sobre citar Nietzsche ou outros autores fora de
contexto, mas ela se perdeu, então, das 7 horas até agora deu para pensar um
pouco mais até sobre isto. Aliás, entre a pergunta do colega, amigo e Professor
Sílvio Machado, muitas coisas ocorreram. Estive em um velório de um senhor de
88 anos, cujas filhas são minhas amigas e colegas e sobre seu corpo havia uma
bandeira do grêmio. Fui para casa e tomei um cálice de vinho tinto para relaxar
e acabei revendo o filme Um bonde chamado desejo, do que já tratei rapidamente
hoje pela manhã a partir da forte impressão de seu enredo e dos atores, acordei
e perdi um ônibus na estação para chegar na escola e testemunhar um Halloween
dos alunos, alunas e professores muito legal em diversos aspectos. Passei na
casa de minha mãe para dar um olá aos cães e fazer algumas atividades de minha
rotina e revi um livro de Aristóteles em alemão me lembrando daquele jogo de
futebol do Monty Python, cujo confronto entre alemães e gregos, ironicamente
deixa de fora os ingleses e franceses, para o bem das grandes tradições
continentais e que meio que parece dizer que ainda é cedo para citar eles haja
visto que as duas filosofias já foram bem antecedidas ou sucedidas por grandes
tragédias históricas. Lembrar a Guerra de Tróia e a Segunda Guerra Mundial,
talvez o primeiro é o último momento em que já história da humanidade houveram
heróis e em que a coragem e a covardia se defrontaram tão claramente. Guerras
de homens, infantarias e estratégias que não existem mais, após a invenção da
bomba atômica e o advento das guerras tecnológicas. É, por fim, necessário não
perder o fio da meada e lembrar que cada um sabe melhor dos seus do que dos que
são dos outros e sair deste papo mole para dizer que nem me sinto capaz de
dizer quais e quem são os clássicos, apesar de conhecer listas em que
simplesmente entram todos os filósofos e filosofias, bem como, ter tido uma
parca e pobre leitura de muitos dos quais devo ter lido muito pouco para
classificar e apontar com precisão e certeza os critérios e aspectos que me parecem
notáveis. Pela manhã, meu texto iniciava falando de originalidade o que foi a
primeira nota característica que apontei ao ser bem provocado. Em seguida na
mesma direção eu seguia falando de inventividade, inovação e criatividade.
Vocês sabem que estas coisas podem aparecer naquilo que é chamado também de
estilo que parece somar forma e conteúdo e poderia avançar aqui dando uma
mostra de diversas formas muito próprias como os filósofos se expressam e
também sobre a diversidade de temas, problemas e até mesmo cruzamentos que
alguns filósofos propõem. Depois iniciava tratando da problematicidade ou
resolutividade de velhos problemas ou problemas descobertos. E, por fim, tratei
do que muitos de nós chamamos de caráter crítico e também sistemático de certos
filósofos, no sentido de que quase todos os grandes filósofos não se limitam a
contribuir em uma região muito específica ou exclusiva, mas acabarem atingindo
diversas áreas ou regiões das investigações filosóficas. No diálogo ontem à
noite lembramos de Kant pela dificuldade em compreender e Descartes por conta
daquele aparente papo mole que vai nos formatando. Daí porque lembrei também
desta característica metodológica que é marcante nos grandes filósofos e suas
obras. É também importante citar um aspecto raro mas não negligenciado de que
alguns filósofos conseguem escrever obras inteiras sem citar nenhum outro como
sr estivessem a fazer a filosofia sem nenhuma conexão com tradição ou escola
filosófica. Estes que escrevem assim é que acabam nos cânones e listas devem
exigir de nós certa atenção, pois si não explicitam o confronto ou confrontado,
fazem isto desta forma e mesmo assim em confronto. Aqui eu abriria uma nota
Bloom sobre a talvez angústia da influência para derivar e entender o lugar
destes no panorama dos grandes. O que poderia fechar o cânone aqui poderia ser
este caráter crítico e de confronto, seja coma tradição, algumas, muitas ou
poucas idéias de outros e, até mesmo, como é o caso em alguns raros filósofos o
confronto crítico de um filósofo consigo mesmo ou duas próprias idéias de um
tempo anterior. Isso tudo que eu disse aqui não é um cânone e nem fecha ou pode
responder em definitivo à questão proposta, mas creio que posso encerrar
dizendo que neste momento minha ideia balanceada, tortuosa e aproximativa
seguiria por aí para começar a esboçar uma resposta à boa questão do que torna
uma obra um clássico ou se haveria um cânone das grandes obras ou autores
filosóficos? Não queria ficar sem escrever isto hoje...
Nenhum comentário:
Postar um comentário