10 de novembro de 2016
E eu só observo estupefato.
Imagina se os movimentos sociais resolvessem dar pitaco nas investigações
filosóficas especializadas dos senhores professores ou tratar de seus métodos e
de suas relevâncias? Mas mesmo assim é uma experiência que todo intelectual
deveria - se houver compreensão e aceitação desta necessidade para um
incremento da praxis - ou poderia passar. Poucos, muito poucos que se
relacionam de forma colaborativa e horizontal com os movimentos não ganham nada
e não contribuem. O ideal e o que eu recomendaria até por ser professor de
escola pública que participa dos movimentos e que tenta contribuir com reflexão
e ação nos movimentos é participar dos movimentos. Contribuir, aprender a
suportar na prática concreta as diferenças, aceitar ser voto vencido nos
encaminhamentos, compreender as organizações conquistar a paciência necessária
e a capacidade de diálogo com compreensões e perspectivas políticas, culturais
e práticas diferentes. Vencer sem fazer gabolice e contribuir na síntese
coletiva o que já é uma proeza intelectual razoável nestes tempos de
retrocessos e intolerâncias. O Eduardo Vicentini de Medeiros teve algumas boas
experiências nisto e foi extremamente feliz em sua participação e análises nas
ocupações aqui no Vale dos Sinos.
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