Não vi a prova ainda.Verei ela em
detalhes nesta semana com nossos alunos, mas pelo que tem sido posto aqui tudo
leva para o tema do plano de estudos e diz objetivos da disciplina. Os
pré-socráticos são na minha compreensão uma espécie de alfabetização filosófica
básica pela sua diversidade e também pelas questões fundamentais que
apresentam. Não tinha está percepção de que eles são levados tão a sério no
Brasil, mas se de fato são, isto é, para mim, um ótimo sinal. Leciono eles no
primeiro ano do ensino médio. Há para min também certa necessidade sim de
apresentar certa conexão entre Schopenhauer e Nietzche no terceiro ano e neste
ano também leciono eles como introdução à filosofia contemporânea e em especial
ao existencialismo e a esta miríade chamada filosofia continental. Me perguntou
se não foi posta nenhuma questão sobre os modernos e sobre a filosofia
analítica, além disto, se não foram colocadas questões éticas e políticas. Por
fim, me preocupa o que apontam aqui: a linguagem ou as interpretações ou mesmo
comentadores e conceitos usados não precisam ser nebulosos e nem tão complexos
assim, seja feita a prova com abordagem clara e uma linguagem mais adequada.
Aliás, creio que é um desserviço conceber questões de forma tortuosa ou de de
pega ratão também. A construção da prova do meu ver continua dando a deixa para
o debate que precisa ser superado entre nós de ensino de história da filosofia
versus ensino temático. Isso precisa ser superado e já o foi nos didáticos
oferecidos pelo FNDE. Se lecionamos filosofia por três anos é do organizar o
conteúdo melhor e fazer as devidas tabelas e intersecções com as demais
disciplinas em especial a história. Um currículo comum construído coletivamente
pode superar isto. E salva-se a filosofia, a formação em filosofia, a produção
e a divulgação, bem como, o debate de idéias neste país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário