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terça-feira, 15 de novembro de 2016

CIÊNCIA & MOVIMENTO – NÚMERO 1



Agora fiquei muito feliz, pois acabo de reencontrar uma revista de setembro de 1990, com a primeira referência que eu conheço ao ensino em regime de politecnia no ensino básico. CIÊNCIA & MOVIMENTO. Revista do Centro de Estudos Honestino Guimarães. CEHOG. Ano 1, N° 1, Setembro de 1990. Quem assina o texto é Lucília Regina de Souza Machado. Título Em defesa da politecnia. A chamada de capa, como podes ver, é A Proposta Radical da Politecnia. Nestas horas eu adoro minha papelada.

NOTA: Está é a revista que faz a crítica aos absurdos daquele projeto do Chiarelli. Tenho até hoje o documento vergonhoso que esboçava a reforma do ensino superior. Nesta revista tem uma maravilhosa entrevista com o saudoso e gigante da sociologia brasileira Florestan Fernandes. Lembro que fizemos coletivamente picadinho do projeto deles e um pouco depois rolou o fora Collor com a vanguarda de esquerda que acabou sendo expulsa do PT em 1991 por contrariar a linha do então campo majoritário. A CST se foi então. Já em 1993 houve o racha na articulação dos 114 que gerou a corrente Articulação de Esquerda na qual Milito hoje. Num debate recente discutimos o tema da domesticação ou acomodação da militância no PT que para mim tem origem justamente neste período do início do governo Collor, nas nossas lutas de então é numa tentativa de administrar a rebeldia da militância. No conselho editorial da revista está lá o então governador de Brasília Cristóvão Buarque que começa já a se afastar do PT por conta de confrontos com o povo da educação no DF. A politecnia neste texto da Lucília tem um viés muito mais interessante e não tem nada de simplificação não.


Sobre recuo do PT. Eu penso que esta avaliação é bem controversa. Creio que a dinâmica de avanços e recuos é bem maior. Discordo de você em outros aspectos além deste. Até porque não foi só o governo ou o partido que mudou e que se acomodou ou se adaptou à institucionalidade. Ainda vou gastar um tempo para escrever sobre isto. O tema envolve uma vasta geração de militantes, intelectuais, técnicos e lutadores sociais. Da base ao topo das hierarquias houveram mutações materiais, culturais, religiosas e ideológicas.

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