Eu voto sempre escolhendo o
melhor, nas situações em que o melhor não existe preciso aceitar o menos pior.
É como dou um boi para não entrar em uma briga, mas não fujo de nenhuma depois
que entro, também voto escolhendo o inimigo com o qual eu suponho que terei
menos perdas e em que firma poderei tirar ou um empate ou uma derrota honrosa.
Com nazistas eu não me dou o direito de brincar. Não vou recriminar quem vota
nulo, nem em branco, porque sei que amanhã não será a última eleição - assim
espero e por isto luto - mas caso seja que cada um cobre de sua própria
consciência a sua própria responsabilidade. Uma das características das
tragédias é que nunca existem culpados simplesmente porque todos são culpados.
Que as lamentações e os resmungos sejam abafados por minhas palavras e que
todos tenham sua felicidade miserável preservada, já que a generosa felicidade
não está só nosso alcance e nem está sendo construída por todos, nem pela
minoria muito menos por muitos que esbravejam opções melhores sem construir elas
com toda determinação que já tiveram outrora. Sou um pobre homem, um pobre
professor e não tenha pena nem de mim e nem de ninguém. Aliás, eu não voto
amanhã, mas também não me dou por compadecido por quem vota.
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