1. É
preciso ser uma disciplina obrigatória para que o ensino de filosofia não seja
um episódio ou acidente histórico na educação brasileira. A filosofia precisa
muito deixar de ser uma matéria esotérica para contribuir na educação e ser
tratada com a dignidade e a propriedade que merece.
2. Desculpe...eu
creio que não podemos recuar. De um ponto de vista histórico e na perspectiva
da educação brasileira é bem mais importante a filosofia. Ela está no currículo
desde 2007 apenas e pode render melhores resultados se superarmos a
fragmentação e o vale tudo de algumas formações que tendem a abrir espaço para
uma espécie de ensaismo e este tipo de Abordagem tópica da Filosofia. Tenho
mais argumentos contra. A profissionalização do ensino de filosofia dará ótimos
resultados no futuro em diversos aspectos.
3. A
obrigatoriedade ao meu ver garante o estudo continuo ao longo do ensino médio
de filosofia. Penso que isto é o fulcro do tema da obrigatoriedade. A superação
da fragmentação envolve avançar no debate sobre o que e como ensinar. O
ensaismo é para mim o modo como alguns lecionam solto o conteúdo de Filosofia.
Creio que o argumento da transversalidade serve para colocar a filosofia em
lugar algum do currículo ou num espaço de passagem.
4. Preciso
deixar um tempo maior para responder com o carinho e o cuidado que is colegas
merecem. Neste exato momento estou numa escola pública discutindo na direção da
escola a nova reestruturação curricular do governo Sartori que tem prazo até
dez de novembro para contribuições e noto que este atropelo tem por objetivo
justamente desfazer as organizações e os debates que já andávamos a fazer com
mais qualidade.
5. Se
há acordo sobre a discussão de mérito na obrigatoriedade da disciplina resta
mesmo a discussão da tática. Porém, creio que nos cabe sustentar e ampliar o
apoio à nossa posição entre nossos colegas. Não podemos conceder e nem avalizar
este retrocesso porque se o fizermos depois não teremos argumentos para reparar
e corrigir este desvio e ensaio na educação. Estão brincando com a educação e a
maior prova disto é propor e tomar medidas desta forma. Não podemos ser
negociadores neste quadro sob pena de sermos responsabilizados por isto. É
muito melhor assumir as alternativas de qualificação é organização da
disciplina no quadro das ciências humanas e das demais disciplinas do que
aceitar um recuo que irá desconstituir tudo que foi construído na filosofia
brasileira desde a anistia em 1979. Vejam este tema no quadro histórico geral
ainda que muitos prefiram recusar está leitura e mesmo muitos agentes
importantes nesta construção tenham uma abordagem mais crítica do que positiva
e afirmativa. Assim temos que fazer barulho e ampliar as adesões porque eu
creio que isto ainda é possível para resistir e sinalizar a falta contra nós e
nossa disciplina e contribuição na educação brasileira.
6. Precisamos
muito intensificar a nossa defesa e não ficar procurando fazer concessões à
título paliativo. Se concedermos a disciplina será simplesmente extirpada. Sua
transformação em conteúdo transversal terá graves consequências. Tentem pensar
na cadeia de consequências da vaga na escola pública até a disciplina e o curso
na universidade. O retrocesso será absolutamente arrasador. Não podemos nos
sentir confortáveis frente s isto.
7. Retomar
a articulação de um manifesto dos professores universitários e do ensino médio
sobre este e outros temas. Legitimar e dar retaguarda sós nossos representantes
com este propósito e não fazer esta concessão de forma alguma. Não se trata de
uma preocupação com nossos empregos, mas sim com o futuro do formação em
filosofia e também do papel da filosofia na qualidade da educação.
DIVERSOS LINKS PARA TEXTOS DO DEBATE
Nenhum comentário:
Postar um comentário