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terça-feira, 15 de novembro de 2016

SOBRE UM CÂNONE FILOSÓFICO (29/10/2016)

Fui bem provocado sobre a existência de um cânone filosófico que explicaria ou enquadraria os autores e suas obras naquelas grandes categorias de grandeza é qualidade máximas que são expressas com os designadores de geniais, clássicos grandes obras ou grandes autores/autoras. Pela manhã até escrevi uma postagem que se perdeu e que acompanharia um texto meu sobre citar Nietzsche ou outros autores fora de contexto, mas ela se perdeu, então, das 7 horas até agora deu para pensar um pouco mais até sobre isto. Aliás, entre a pergunta do colega, amigo e Professor Sílvio Machado, muitas coisas ocorreram. Estive em um velório de um senhor de 88 anos, cujas filhas são minhas amigas e colegas e sobre seu corpo havia uma bandeira do grêmio. Fui para casa e tomei um cálice de vinho tinto para relaxar e acabei revendo o filme Um bonde chamado desejo, do que já tratei rapidamente hoje pela manhã a partir da forte impressão de seu enredo e dos atores, acordei e perdi um ônibus na estação para chegar na escola e testemunhar um Halloween dos alunos, alunas e professores muito legal em diversos aspectos. Passei na casa de minha mãe para dar um olá aos cães e fazer algumas atividades de minha rotina e revi um livro de Aristóteles em alemão me lembrando daquele jogo de futebol do Monty Python, cujo confronto entre alemães e gregos, ironicamente deixa de fora os ingleses e franceses, para o bem das grandes tradições continentais e que meio que parece dizer que ainda é cedo para citar eles haja visto que as duas filosofias já foram bem antecedidas ou sucedidas por grandes tragédias históricas. Lembrar a Guerra de Tróia e a Segunda Guerra Mundial, talvez o primeiro é o último momento em que já história da humanidade houveram heróis e em que a coragem e a covardia se defrontaram tão claramente. Guerras de homens, infantarias e estratégias que não existem mais, após a invenção da bomba atômica e o advento das guerras tecnológicas. É, por fim, necessário não perder o fio da meada e lembrar que cada um sabe melhor dos seus do que dos que são dos outros e sair deste papo mole para dizer que nem me sinto capaz de dizer quais e quem são os clássicos, apesar de conhecer listas em que simplesmente entram todos os filósofos e filosofias, bem como, ter tido uma parca e pobre leitura de muitos dos quais devo ter lido muito pouco para classificar e apontar com precisão e certeza os critérios e aspectos que me parecem notáveis. Pela manhã, meu texto iniciava falando de originalidade o que foi a primeira nota característica que apontei ao ser bem provocado. Em seguida na mesma direção eu seguia falando de inventividade, inovação e criatividade. Vocês sabem que estas coisas podem aparecer naquilo que é chamado também de estilo que parece somar forma e conteúdo e poderia avançar aqui dando uma mostra de diversas formas muito próprias como os filósofos se expressam e também sobre a diversidade de temas, problemas e até mesmo cruzamentos que alguns filósofos propõem. Depois iniciava tratando da problematicidade ou resolutividade de velhos problemas ou problemas descobertos. E, por fim, tratei do que muitos de nós chamamos de caráter crítico e também sistemático de certos filósofos, no sentido de que quase todos os grandes filósofos não se limitam a contribuir em uma região muito específica ou exclusiva, mas acabarem atingindo diversas áreas ou regiões das investigações filosóficas. No diálogo ontem à noite lembramos de Kant pela dificuldade em compreender e Descartes por conta daquele aparente papo mole que vai nos formatando. Daí porque lembrei também desta característica metodológica que é marcante nos grandes filósofos e suas obras. É também importante citar um aspecto raro mas não negligenciado de que alguns filósofos conseguem escrever obras inteiras sem citar nenhum outro como sr estivessem a fazer a filosofia sem nenhuma conexão com tradição ou escola filosófica. Estes que escrevem assim é que acabam nos cânones e listas devem exigir de nós certa atenção, pois si não explicitam o confronto ou confrontado, fazem isto desta forma e mesmo assim em confronto. Aqui eu abriria uma nota Bloom sobre a talvez angústia da influência para derivar e entender o lugar destes no panorama dos grandes. O que poderia fechar o cânone aqui poderia ser este caráter crítico e de confronto, seja coma tradição, algumas, muitas ou poucas idéias de outros e, até mesmo, como é o caso em alguns raros filósofos o confronto crítico de um filósofo consigo mesmo ou duas próprias idéias de um tempo anterior. Isso tudo que eu disse aqui não é um cânone e nem fecha ou pode responder em definitivo à questão proposta, mas creio que posso encerrar dizendo que neste momento minha ideia balanceada, tortuosa e aproximativa seguiria por aí para começar a esboçar uma resposta à boa questão do que torna uma obra um clássico ou se haveria um cânone das grandes obras ou autores filosóficos? Não queria ficar sem escrever isto hoje...

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