Pensando nos debates e nos diálogos. Debatemos sempre com aqueles que tem posições diferentes das nossas e dialogamos com quem quer conversar sobre nossas posições, mas que se dispõem a mudar de opinião porque não se apegam e reconhecem que possam não ter pensando sobre determinado assunto sob todos os ângulos ou que possa ter algum deficit de informação e reconhece isto. Nos debates há uma rivalidade constante e o desacordo parece uma questão de honra. Já nos diálogos há uma tentativa de entendimento certa disposição ao acordo e ao encontro da verdade de parte a parte. É algo interessante esta diferença porque ela depende em sua origem de que cada um saiba qual a sua própria condição sobre o tema e reconheça sua forma de abordá-lo como marcada a partir disto. E marca mais ainda a diferença entre debate e diálogo o aonde se quer chegar e o que realmente está em disputa se é a verdade ou o poder, se é uma vantagem pessoal ou um privilégio, se é um interesse particular ou se é uma inspiração altruísta. Daí você olha para seu interlocutor, que debate ou dialoga contigo e tenta, então, encontrar este tipo. Porém é corrente que alguns se portem com mais rigidez do que a necessária e as vezes com mais suscetibilidade do que a necessária. Só é possível supera isto com muita calma, paciência e também com tolerância. E eu que passeio de um ano para o outro de Platão à Locke fico pensando aqui com meus botões no tipo de racionalidade que está em jogo ai e que possa ser construída sem prejuízo a princípios e à verdade e com algum progresso nos diálogos e debates. E tudo acaba em método, mas também em uma espécie de humanismo e amor ao próximo. Dá para acreditar nisto? E o poder....
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