Powered By Blogger

terça-feira, 7 de outubro de 2014

CONTRA O PENSAMENTO MEDÍOCRE, MEDIANO E APEQUENADO

Algumas pessoas ficam pensando em fragmentos e não no todo e esquecem que o jogo político e a gestão não é algo puntual ou isolado. E quem sabe disto, sabe que não há soluções mágicas e nem resultados sem planos de longo, médio e curto prazo. Existem muitas opções clássicas em planejamento, mas em nenhuma delas se adota a estratégia de risco, quando o ambiente é crítico e muito me surpreende que pessoas inteligentes e intelectualizadas fiquem constituindo a retórica da mudança pela mudança, na ausência de análises mais finas sobre a realidade. Nisto consiste a posição apequenada de alguns que tentam aproveitar a eleição para levar o estado brasileiro a começar tudo de novo a partir de uma estaca zero. E curiosamente esta opção vem acompanhada de propostas de política econômica que estão soçobrando as economias européias e que ressuscitam aventura neoliberal, para quem adora tratar o estado e a nossa vida de povo brasileiro como cobaias para suas aventuras econômicas e altos ganhos especulativos. Eu creio que este é o pior risco que podemos correr hoje. E também não visualizo nem no Brasil e nem no RS nenhuma proposta concreta de superação do ambiente crítico que faça da atual estabilidade algo melhor. Para mim nada é mais medíocre e mediano do que pensar que o ciclo que o Brasil vive se limita a uma nova partilha de benesses por parte do estado e que não consegue perceber que toda a estrutura social está mudando e que os resultados não virão tão instantaneamente assim como alguns exigem para impugnar o processo iniciado em escala sistêmica e com diversas políticas setoriais em todo o território nacional. Nenhum país ao lado tem as características do Brasil para transformar ou transferir suas políticas para cá. E o que é mais aborrecido é que o absoluto insucesso dessa diretriz proposta pelo Simon Schwartzmann em um artigo sobre a ARMADILHA DA MEDIOCRIDADEAQUI, que vem de São Paulo, nem em SP onde é seguido este modelo o tema é sequer tratado. O Governo Alckmin foi reeleito apesar de seus insucessos, basicamente porque nenhuma outra candidatura deve ter posto algo diferente de fato como opção. Devo ser muito claro aqui: Creio que Dilma não vai mesmo abandonar certas diretrizes que vem dado resultados e mantido o emprego e a renda dos brasileiros, ela vai agregar a estas medidas outras que agora aplicadas na mesma escala das demais trarão mais resultados. Um recuo nisto agora pode ser fatal tanto para resistir a crise internacional, quanto na preparação de uma retomada do crescimento quando o cenário externo ficar desobstruído. Se durar quatro anos dá um bom tempo para corrigir e qualificar sistemicamente a educação, a saúde e a segurança brasileiras em todos os níveis e apesar da resistência interna dos prefeitos e governadores oposicionistas fazer frente ainda à isto, é pouco provável que eles vão deixar de apostar em propostas que inovem e alavanquem o crescimento e a justiça social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário