Sou um petista, voto Dilma - 13, Tarso 13, Olívio 131, Zulke
1300 & Ana Affonso 13813, mas faço questão de defender o meu mestre João
Carlos Brum Torres professor e filósofo, meu paraninfo e um militante e quadro
histórico do PMDB do Rio Grande do Sul e do Brasil, porque ele tem a minha
admiração e gratidão e entendo que ele merece e faz juz a nossa defesa e
respeito.
Ana Amélia “não aperta” Lemos a candidata do PP ao Governo
do Estado, iniciou o debate ontem de forma surpreendente para mim atacando José
Ivo Sartori e lhe cobrando e questionando a presença de certo coordenador de
programa de governo, que havia sido coordenador do programa de governo de
Antonio Britto, também, e que haveria – segundo ela – sido o responsável pelas
privatizações do Britto.
Nada mais pusilânime e covarde do que fazer isto. A pessoa
referida se chama João Carlos Brum Torres
foi meu professor de filosofia, meu paraninfo da formatura em 1994 e é
simplesmente uma das pessoas, mestres e quadros políticos mais admiráveis e
notáveis que eu conheço sem a menor
sombra de dúvida. Só para constar, sou militante do PT desde menino e não tenho
nenhum ódio ao PMDB e em especial a certos quadros do PMDB gaúcho, os quais não
só comeram o pão que o diabo amassou na ditadura militar, mas estão aí até hoje
produzindo, trabalhando e se posicionando politicamente com a maior seriedade
possível.
E Caçapava é com certeza um destes. Para mim, o currículo de
serviços prestados por ele ao Rio Grande do Sul, tanto no Governo Simon, no
Governo Britto, quanto no Governo Rigotto é disparadamente superior a toda
súmula possível das crônicas políticas da jornalista e de projetos políticos da
senadora Ana Amélia “não aperta” Lemos. Tenho divergências em relação às
políticas do governo Britto, não concordo nem com privatizações, nem com
terceirizações, nem com PDVs, nem com Pedágios, nem com dinheiro para grandes
empresas, tipo Ford ou GM, mas eu creio e dou fé que não é a dona Ana Amélia
“não aperta” Lemos que tem moral para atacar ao professor Brum Torres, posto
que ela em seus longos anos de exercício profissional na RBS jamais criticou ou
se posicionou contrariamente ao bloco de políticas implementadas em nível
estadual pelo governo Britto e em nível nacional pelo governo FHC. E tanto é
assim que a mesma apoiou o governo Yeda, apóia Aécio Neves e é muito mais
suspeita de tentar retomar as políticas e programas do neoliberalismo no RS do
que qualquer outro candidato naquele debate de ontem.
Me surpreendi muito com a reação tímida do Sartori que
talvez por bonachão não tenha tripudiado o ataque da Ana Amélia “não aperta”
Lemos. Como também me surpreendi com a fala dele depois de que se preparou
durante 36 anos para governar o Rio Grande e não para debater. Me surpreendo
porque Sartori pertence a um partido com
muita tradição e história no Rio Grande, mas que parece estar desaparecendo com
este slogan “meu partido é o Rio Grande”.
Já tiveram três governadores do estado, elegem senadores em quase todas
as eleições e tem uma representação de deputados respeitável, administram
muitas prefeituras e não deveriam estar se apequenando no debate político, nem
se deixando apequenar assim.
Assim, posto aqui que na minha opinião e no meu senso
político não há como governar o Rio Grande sem desenvolver a capacidade de
debate, diálogo, desenvolvimento da argumentação e da habilidade de lidar com o
contraditório e, também, no caso bem gaúcho, não dá para apagar a história e o
passado assim. É preciso, então, lidar com a história e levar a sério suas
tradições políticas, heranças políticas para construir o futuro.
João Carlos Brum Torres tem a minha grande admiração também
como filósofo, recomendarei sempre aos jovens que o leiam, que leiam tudo que
ele publicar ou que verem escrito de sua mão, e por gratidão penso que ele
merece muito respeito pelas suas idéias, sua história, pelo seu caráter, sua
dedicação e sua formação e qualificação próprias, que são muito notáveis.
Algumas pessoas são tão covardes em certos ataques o que
lembram muito aquelas coisas de pessoas sem caráter quando não conseguem vencer
aos argumentos apelam a ataques pessoais, atacam aos homens e não às ideias. E
algumas delas atacam aos homens para atacar ideias que elas um dia já
defenderam também. Que é o que Ana Amélia “não aperta” Lemos fez sem
mérito algum por isto
E quem ataca nosso querido Caçapava desta forma vil e
injusta, covarde e mesquinha, só mostra o quão rebaixada está a sua política, o
quão rebaixada andam as suas idéias e o quão rebaixada a sua trajetória vai
continuar na nossa história.
Deveria saltar aos olhos, enfim, porque somos nós que defendemos alguns militantes do PMDB, no sentido de se perceber que fazemos política com muito respeito e preservando sempre nossas relações de lealdade. E digo isso, porque não fui só eu que me senti indignado com o ataque da senadora e que abro publicamente uma defesa ano nosso mestre.
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