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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

SOBRE A DEMISSÃO DOS CCS DO JOAQUIM BARBOSA

Sobre o tipo de CCs de Joaquim Barbosa no STF e suas afinidades, eu não sei qual o tipo de afinidades tinham com ele. Mas não suponho, porém, para ser justo, que todos ou a maioria fossem da mesma lavra, graça, valores ou escola que a dele. Para o mal dos seus pecados, porém, carregarão de uma forma ou de outra em seus currículos esta passagem e a história sempre pode nos surpreender mais do que esperamos, tanto para o bem, quanto para o mal. 

De qualquer maneira quando descobri pela primeira vez que o judiciário também tem CCs e "assessores", por força de um debate bem local sobre a legitimidade e legalidade de planos de cargos e salários de CCs e suas atribuições, fiquei pensando na sociologia desse tipo de pessoas. Na determinação de carreiras e na história disto para o sistema judiciário e a justiça brasileira em suas virtudes, vícios, privilégios e prerrogativas, bem como, na sua relação com o resto da sociedade, com os demais poderes e com valores e concepções de mundo e de justiça. 

E não falo isso por aleivosia ou para ofender ninguém, nem por inveja pessoal ou algum tipo de rancor, mas porque tenho admiração por valores como equidade, igualdade, isonomia e muito respeito pelo direito como carreira e formação e pelos direitos civis e pelo estado brasileiro e sua história. 

Eu sempre fico embevecido quando descubro advogados, promotores e juízes que sabem exatamente porque precisam ler o livro de um certo jurista vacariano cognominado Raimundo Faoro, cujo título é OS DONOS DO PODER e sempre recomendo a leitura disto para que se compreenda como determinadas instituições e institutos se mantém como privilégios de alguns e onde é que o sapato aperta em determinado segmento da nossa sociedade. 

E isso, enfim, não me traz graça alguma, mas tristeza e vergonha, pois ainda vige no nosso país certos habitus seculares tal qual em outras duas grandes e importantes corporações. E não adianta mandar ninguém protestar por isto porque o silêncio sobre isto sempre é geral e conveniente.

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