Tico Santa Cruz em uma postagem sobre esta morte trágica de Robin Williams toca no ponto que
eu já havia comentado em parte em outra postagem. A morte de Robin Williams é
mais um golpe triste do que me parece ser uma forma de depressão comum entre
artistas e pessoas cujo centro de suas vidas são atividades criativas e que
lidam com fortes emoções e isso quase
invencível e que gera muitas vítimas neste mundo. É lamentável isso, mas mostra
que a questão não é somente certa submissão às drogas ou uma derrota do amor à
vida, mas sim esta doença quase invisível chamada depressão que comumente e
frequentemente leva às drogas e ao suicídio. O que chamamos de “drogas” ai é um
conjunto bem amplo, o que inclui ai cigarros, alcool e todas as outras drogas
legais e ilegais.
Precisamos levar muito mais a
sério a questão da saúde mental e do sofrimento psíquico e compreender melhor
este tema com mais precisão também. Algumas pessoas pensam erroneamente que tirando
as "drogas" resolvem o problema e que basta se adaptar à uma nova
condição sem o uso delas que fica resolvido, mas não é tão simples assim e é um
erro considerar isto desta forma, porque o que realmente precisa ser tratado
não é somente a dependência química, mas também a condição psíquica e o
sofrimento psíquico que leva a isso. Não sou especialista neste assunto – e quero
frisar isto aqui como uma indicação de
que estou dando também uma opinião e que neste caso é bom, razoável e
recomendado, sustar a aplicação de clichês
e os exercícios de interpretação e procurar e auxiliar estas pessoas a aceitarem ajuda de
um profissional, de um especialista. E também não sou nem médico, nem
psiquiatra e muito menos um psicólogo, mas creio que esta é a questão chave:
aprendermos socialmente e individualmente a tratar a depressão e a
hipersensibilidade de algumas pessoas que vistas mais de perto são muito
especiais e extraordinárias como Robin Williams e muitos outros que eu conheci
e que se foram também de uma forma precoce, trágica e sofrida.
O mundo pode ser bem melhor se
encararmos as necessidades destes seres humanos que tem esta condição sensível
e propensão depressiva como uma marca em suas personalidades e escolhas.
Apoiá-los, ajudá-los e carregá-los com cuidado e um impulso sincero de proteção
pode ajudar eles a aceitar esta condição frágil e superar isto com calma e sem
conflitos desnecessários ou secundários sobre autonomia, concepção ou forma de
vida.
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