Bom Dia...custo a acreditar no que leio neste debate de Gianetti contra Unicamp, e em paralelo no terrorismo econômico e político que está sendo disseminado aso quatro cantos daquele instituto suspeitíssimo contra os Governos e as Políticas do PT, e, também, na fantasia liberal de melhorar as condições sociais e reduzir desigualdades sociais sem regulação do mercado e da economia pelo estado. Dizer que a Unicamp é filha do governo ditatorial é um absurdo, posto que justamente lá se desenvolveu parte do pensamento econômico que tem contribuído para debelar o autoritarismo econômico do Neoliberais no Brasil pós Collor e FHC. E não é muito dificil descobrir que a Unicamp, e, em especial, seus professores da economia de hoje resistem para não ver sua universidade privatizada pelo governo Alckmin do PSDB. Gianetti parece ser então uma das pontas de conexão entre o PSB e o PSDB.
Em todos - absolutamente todos os países - em que o receituário liberal com privatizações e ausência da intervenção e da regulação estatal, com ausência e redução do investimento estatal em infra-estrutura, e com liberdade rigorosa à livre-competição, à especulação predatória e ao uso irrestrito de vantagens adquiridas em outros tempos mais estatais foi implementado, vemos altos índices de desemprego, crises sociais, culturais e religiosas e também o esvaziamento da política e o agravamento de conflitos étnicos e regionais. Este modelo leva a substituição de uma gestão pública orientada pelos interesses dos cidadãos e cidadãs por uma certa gerência instável de crise que serve somente para manter a ordem vantajosa a especulação, ao rentismo e à banca do capital.
A resposta respeitosa dos campianos aqui ( Assessor de Marina chama Unicamp de produto do regime militar e professores respondem ) é que Gianetti não defende uma posição religiosa, que não há em sua posição um fanatismo e tal. A delicadeza delas faz não recorrerem a nenhum expediente retórico e mais político, mas há que se pontuar que o AUTO-ENGANO econômico de Gianetti leva a uma tragédia social cujo estado mínimo propugnado é incapaz de reverter, pois renunciou antes aos instrumentos e mecanismos de proteção dos direitos do cidadãos e cidadãs trabalhadores e se converteu num mero indicador das condições e descritor da tragédia. Tal racionalidade é velha conhecida, pois apresenta somente mais do mesmo, ou seja, salvem-se os poderosos e os detentores de capital e lasquem-se os trabalhadores, com desemprego e ausência completa de políticas públicas.
Gianetti é um neoliberal e a notícia mais brava sobre isto em sua relação com o PSB e Marina é que a tradução mitigada do que é chamado de neoliberalismo em liberalismo verde é também um auto-engano, pois tal expediente serve apenas para encobrir uma doutrina cuja última preocupação é o bem estar social, o bem estar humano na natureza.
Há que se pontuar aqui algo mais, e não estou aqui defendendo a UNICAMP - mas é preciso reconhecer que mesmo no PSDB, há ou havia quem defenda a robustez de um estado de proteção social, mas que porém, nos últimos tempos, por uma espécie de surto elitista que trouxe uma total ausência de crença na força do trabalho e no potencial do povo brasileiro de superar desafios - o que inclui ai um pessimismo sobre suas próprias capacidades no PSDB, é hoje francamente dominante a doutrina do estado mínimo que se resume a uma visão fiscal ( deficit zero e débitos externos) e a ideia simplória de choque de gestão o que não significa - ao contrário do que deveria, mais empenho, mais dedicação e um esforço maior na gestão pública, mas apenas uma faísca descontínua de gestão que leva a falência do estado e à sua incapacidade de responder as demandas sociais e de desenvolvimento.
As maiores provas disto estão desde FHC nos resultados das políticas de privatização, na dependência externa e, também, no enfraquecimento do estado brasileiro no seu período. Veja-se a dívida dos estados e em especial do RS, a qual foi vendida e propagandeada de forma fraudulenta pelo PMDB-PSDB e RBS em 1996.
Nos âmbitos estaduais, não me sai da lembrança os trágicos governos do PSDB-PP-PMDB nos RS, o que inclui o governo Yeda e o governo Britto e em São Paulo e Minas Gerais o que podemos ver hoje com muita facilidade também como tragédia social. Devo salientar que o PP que é aliado nacional da Dilma, aqui no RS, professa o receituário Neoliberal também.
Em São Leopoldo - aqui onde vivo, trabalho e de onde escrevo agora - este laboratório de ideias liberais e mais neoliberais do que liberais, faz também seus estragos. E que, para terminar, é exatamente isto que esta sendo feito para o mal do povo leopoldense pelo atual governo local do PSDB-PP-PMDB-DEM-PSB* que consegue a façanha de frear o ciclo de desenvolvimento econômico da nossa cidade devolvendo recursos ao governo federal - ao mesmo tempo que apõe na fachada da prefeitura que o governo federal é rico e as prefeituras são pobres - investindo recursos públicos em prioridades que só geram lucro e desenvolvimento externo e que concentram renda ( do que os pardais entre outras coisas é somente a ponta mais visível), precarizando todas as relações de trabalho com os servidores públicos - o que passa por salários, negociações, condições e reconhecimento e reduzindo gravemente a capacidade de gestão e de trabalho de sua equipe com um exército de néscios e de desqualificados empregados como CCs. A prefeitura municipal não anda justamente porque transferiu para dentro dos seus quadros a mentalidade ultra-competitiva e expertinha que reduziu a solidariedade interna dos membros de gestão e que acirrou o travamento da máquina pública.
Vou terminar dizendo, então, que Gianetti conseguiu a façanha extraordinária de converter uma ex-petista às ideías neoliberais e ao núcleo fundamental destas ideias, o que só agrava um auto-engano que já era expresso no messianismo da candidata. E lamentar também que esta conversão se deu mais rapidamente com algumas células do PSB local cuja formação histórica e ideologia insuspeita se mostra e se manifesta de novo aliada do neoliberalismo, como já foram nos governos Britto e FHC muitos deles e no governos Yeda e uma minoria.
É talvez preciso traduzir os parágrafos iniciais á nossa realidade local, mas não creio que cada um que me lê não possa fazê-lo com sua própria cachola e reflexão sem ser guiado por minhas palavras e analisando e interpretando os fatos locais que podem ser vistos por qualquer um que tenha votado na eleição de 2012 e que saiba a que veio e o que de fato realiza este governo do PSDB-PMDB-PP-DEM-PSB*.
Vou concluir dizendo somente, o nosso povo precisa saber disto e é por isto que dediquei esta hora dominical a tratar deste tema.
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