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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

JOHN LOCKE E AS TEMPESTADES DESTE MUNDO

E eu lendo John Locke, o que após um longo namoro me vem nos Ensaios Políticos, agora "Assim que eu me apercebi no mundo, eu me vi no meio de uma tempestade.". Uma expressão que ele usou aos 29 anos no seu primeiro retorno saturnal e eu olho para mim mesmo aos 29 anos e penso nisso também. Na minha formatura, no meu ano mirabilis de 1994. E me dou por conta das tempestades que vi em minha vida também. Quantas curvas a história vai dar à minha volta até eu conseguir fixar uma imagem clara do que anda sempre mudando tudo em meu mundo desde que tenho me entendido por gente e pensado que sou capaz de tentar explicar ou compreender alguma coisa de forma mais profunda. 

Uma aluna me pergunta se eu não me confundo ao ler tantas coisas? E eu não respondi porque eu não sei, jamais tive este tipo de sentimento, sempre penso que não estou entendendo ou que não está claro o suficiente para mim isso ou aquilo. E, com o tempo, nos últimos 15 anos em especial algumas vezes quando sinto alguma confusão tendo a adotar a cautela e não falar sobre algo que não me é claro ou cujas opções não são claras e fico pensando, meio silencioso meio ruminante. Houve uma época em que eu resmungava, mas não há nada que me deixa mais feliz do que ter uma sensação determinada de que os problemas se dissolvem ou que me adveio uma ideia melhor sobre algo. 

Mas gosto muito de descobrir soluções por conexões aleatórias e acidentais, por analogias, metáforas e as vezes faço troça de um problema tentando dissolvê-lo com humor e ironia. Mas alguns problemas resistem e eu também. Porém é ótimo ler alguém que tem o mesmo sentimento de dúvida e da mudança e que não faz de conta que está tudo organizadinho à sua volta.

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