Um amigo dizia - com exagero é
claro - que eu conhecia ou conheço todos os índios da minha tribo.
Bem, a tribo é muito grande e ele
nem falou das índias, ou dos indiozinhos e nem do velho índio ou o indião ,
como chamava me pai. Mas...em todo caso...
A tribo é uma só. Ainda que
alguns não se reconheçam como parte dela e se achem diferentes.
Alguns bebem muita cachaça mesmo.
Outros acham que são donos de
alguma coisa, de pessoas ou do mundo.
E ainda existem os iluminados que
tudo sabem, tudo vêem e tudo entendem.
Os últimos precisam muito ser
seguidos mesmo que não vejamos suas luzes, não tenhamos suas certezas, não
acreditamos neles e nem vemos compreensão em suas palavras.
No final o que interessa mesmo é
quem sabe caçar, quem sabe fazer fogo, cozinhar e vencer o inimigo externo.
Porém demora um pouquinho para
entenderem isto depois que o cacique morreu, a grande mãe não existe mais e que
o totem caiu.
Precisamos reconstruir nossas
relações tribais com muito diálogo e menos bangornada, porque senão a tribo se
divide e tudo se acaba.
O fogo já está aceso...
P.S.: Fiz ele pensando na
esquerda, nos professores e em todos que lutam. E enviei para meus amigos e
amigas que eu penso que entendem que educar, lutar e fazer política deve ser um
ato amoroso e de achego e não a arte de matar, odiar, vencer ou destruir o teu
próximo que é diferente de ti, mas que pertence a mesma tribo. Somos diferentes,
mas precisamos sobreviver juntos, lutar juntos e compreender o papel de cada um
no conjunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário