"Investigações lógicas podem obviamente ser uma
ferramenta útil à filosofia. Elas devem, no entanto, ser informadas por uma
sensibilidade para a importância filosóficas do formalismo e por uma generosa
mistura de senso comum tanto quanto de um entendimento profundo dos conceitos
básicos e dos detalhes técnicos do material formal utilizado. Não se deveria
supor que o formalismo pode produzir resultados filosóficos de um modo para
além da capacidade do raciocínio filosófico ordinário. Não há substituto
matemático para a filosofia." (S. Kripke)
Saul Kripke - na tradução do
Prof. Alexandre, nos serve aqui para pensar em formalismos e filosofia, ou na
diferença entre raciocínio formal e raciocínio profundo...nem sempre aquilo que
é chamado de "lógica" por admirados, calculantes, técnicos ou
mecânicos, está absolutamente do lado da reflexão...ao contrário pode acontecer
e acontece que muitas vezes o entendimento profundo e um raciocínio mais
complexo desaprece ou se desmancha em sua estrutura a partir de um olhar que o
reduza e/ou formaliza pelo senso comum...é claro que ninguém disse p-ara você
que tudo se resolve com cálculo, mas você preferiria assim porque prefere a
companhia do senso comum do que de qualquer argumento
contra-intuitivo....compreendendo a proposição de Kripke - e espantando de
outra forma aqui esta tendência guiada pelo ímpeto resolutivo e pelo impulso de
urgência lógica a querer facilitar as coisas onde elas não são fáceis -
deveríamos conseguir ter mais clareza sobre qual é mesmo a linha de fronteira
entre raciocínios filosóficos ordinários e raciocínios filosóficos
extraordinários?
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