Incrível a forma como a história
mostrou que nossas visões de perspectiva tinham razão em relação ao nosso
movimento de luta de 2016. Primeiro, nosso pedido de ajuda aos estudantes e
comunidades escolares foi atendido e compreendido em mais de 95% dos casos das
escolas em greve ou ocupadas. Segundo quando naquele adesivo pedimos socorro à
comunidade escolar, enquanto alguns achavam que seria um pedido sem resposta,
aqueles que apostaram nisto e confiaram nesta necessidade de buscar apoio nos
estudantes, nas comunidades, na sociedade civil, acertaram e colheram a reação
mais maravilhosa da juventude. O que era inesperado e inacreditável, impossível
ou inviável ocorreu. Mais de 150 escolas ocupadas. Por fim, olhando desta
perspectiva antecedente agora, só posso dizer que a unidade entre estudantes e
educadores que lutam será inextrincável e indestrutível e joga na burrice quem
apostar nesta divisão. O tema da autonomia de cada elemento no processo é base,
não fim em si da defesa da educação pública. Assim, além de lutar pela mesma
causa de formas diferentes, pode haver sim colaboração, confiança, respeito e
compreensão para se andar juntos. A unidade de ação dos educadores de um lado e
a unidade de ação dos estudantes de outro colocam o governo em xeque mate. E a
síntese superior deste movimento que é a causa da educação pública, dos educadores
públicos, dos estudantes e seus pais, do povo e da sociedade deve ser bem mais
respeitada. Porque já é fato. E nenhuma tentativa de diminuir isto terá
sucesso. Negociem, tragam propostas, retirem projetos contra a educação e
cumpram sua palavra e responsabilidade porque não será com coerção ou contra
pressão que irão vencer este movimento!
P.S.: Legal isto. Fiz uma
analogia no fórum social temático de 2016, ao participar com minha filha de 17
anos e seu namorado de diversos debates das juventudes em fevereiro, já meio
que prevendo ou intuindo o que viria. Eu dizia que é chegada a hora de adiantar
os ponteiros dos relógios da história e fazer a juventude ocupar imediatamente
mais espaços políticos, pois era preferível os erros da juventude às certezas
da velhice. Alguns camaradas para os quais expressei isto não gostaram muito.
Mas é isso mesmo. E eis que depois de lá para cá passei de uma expectativa é
também de certa convocação para a realização desta. Minha filha Isabella Fortes
e meus camaradas Sandro Della Mea Lima e Adriano Pires de Almeida são
testemunhas, além dos alunos que viram minha figura chamando apoio dos jovens
em diversos tipos de situações. O que inclui uma entrevista à rede Record na
entrada da assembléia do Cpers de 18 de março. Pois bem, não é mérito meu a hora
chegou e toca. Frente. E isto não envolve só a conjuntura estadual com
ocupações de escolas, mas também é certamente as eleições municipais e o golpe
nacional. Tamo junto e vamos acertando os relógios da nossa história!
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