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terça-feira, 30 de junho de 2015

CREDULIDADE E VERDADE:



“O mal que a credulidade faz num homem não se limita à estimulação de um caráter crédulo nos outros e à decorrente defesa de crenças falsas. O hábito de ser descuidado com aquilo em que acredita leva os outros a serem por hábito descuidados com a verdade daquilo que me é dito. Os homens dizem a verdade uns aos outros quando cada um respeita a verdade na sua própria mente e na mente do outro; mas como poderá o meu amigo respeitar a verdade na minha mente quando eu próprio sou descuidado com ela, quando acredito em coisas porque quero acreditar nelas, porque são reconfortantes e agradáveis? […] O homem crédulo é o pai do mentiroso e do batoteiro”


(Clifford, “A Ética da Crença”)

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