“O mal que a credulidade faz num
homem não se limita à estimulação de um caráter crédulo nos outros e à
decorrente defesa de crenças falsas. O hábito de ser descuidado com aquilo em
que acredita leva os outros a serem por hábito descuidados com a verdade daquilo
que me é dito. Os homens dizem a verdade uns aos outros quando cada um respeita
a verdade na sua própria mente e na mente do outro; mas como poderá o meu amigo
respeitar a verdade na minha mente quando eu próprio sou descuidado com ela,
quando acredito em coisas porque quero acreditar nelas, porque são
reconfortantes e agradáveis? […] O homem crédulo é o pai do mentiroso e do
batoteiro”
(Clifford, “A Ética da Crença”)
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