Fiquei lendo a matéria sobre a gafe
da Jornalista Sandra Coutinho da Globonews que em plena Casa Branca comete uma
indelicadeza com os dois Chefes de Estado e a nossa própria nação, e pensando
na elegância e gentileza do Obama ao responder e na completa falta de educação
da imprensa nacional que cumpre este papel de depreciar nosso país no exterior
de forma desairosa e vergonhosa.
Algumas pessoas já foram correndo
interpretar que era um incidente que mostrava a independência da televisão
brasileira perante o governo e que era um sinal de imprensa livre. Penso
diferente sobre isto. A imprensa brasileira – em especial a rede Global que detém
praticamente um monopólio nacional nas telecomunicações, rádios e tevês e ainda
jornais concedidos na ditadura militar e dominados por políticos com voto e com
financiamento privado de campanha garantidos - ainda precisa aprender a
diferença entre sessão de piadas, comentários de oposição, mera opinião e a
notícia mesma. Esta imprensa que passa o tempo todo desdourando o governo e o
país não serve nem para o país, nem para o povo e nem para uma oposição
decente.
A “Maria” não leva nenhuma
vantagem com esse tipo de diminuição do país em pleno encontro de chefes de
estado. Isso é um grande despropósito e desqualifica muito a imprensa e o país
também. Nada preserva mais o papel da imprensa do que o bom uso de sua
liberdade.
Do ponto de vista do jornalismo brasileiro
a situação é mais grave ainda. Se sou editor de jornal ou tevê, rádio ou
qualquer tipo de programa usaria o caso como exemplo de barbeiragem e gafe e do
que não se deve fazer com minha equipe, com nosso país ou com qualquer chefe de
estado. Vale aqui lembrar uma resposta do Marcelo Camelo a um jornalista que
resume sua obra a Ana Julia e que não se presta a estudar e se preparar com
seriedade para uma entrevista. Foi uma gafe global do jornalismo da Rede Globo
mais preocupado em diminuir o pais e a presidência do que em informar ou apurar
fatos e notícias. E na entrevista coletiva a pauta de negociações bilaterais
entre os dois países deveria até mesmo vir antes da interpretação do
significado global ou regional do Brasil. A imprensa e o jorna lismo brasileiro
ficaram menores ontem á luz da humanidade. à luz dos EUA e à luz do próprio
país.
Para usar uma palavra chula aqui
foi uma chinelagem típica de uma república de bananas. É assim, afinal, que a
Globo ainda olha para o Brasil?
Sim, para terminar, é verdade, como
alguns se colocaram a comentar depois, que isso é um sintoma do mais
rodrigueano e puro complexo de vira-latas confesso e de quem não consegue ver
mesmo o tamanho e a importância do nosso país.
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