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quarta-feira, 1 de julho de 2015

BRASIL POTÊNCIA REGIONAL OU GLOBAL?


Fiquei lendo a matéria sobre a gafe da Jornalista Sandra Coutinho da Globonews que em plena Casa Branca comete uma indelicadeza com os dois Chefes de Estado e a nossa própria nação, e pensando na elegância e gentileza do Obama ao responder e na completa falta de educação da imprensa nacional que cumpre este papel de depreciar nosso país no exterior de forma desairosa e vergonhosa.

Algumas pessoas já foram correndo interpretar que era um incidente que mostrava a independência da televisão brasileira perante o governo e que era um sinal de imprensa livre. Penso diferente sobre isto. A imprensa brasileira – em especial a rede Global que detém praticamente um monopólio nacional nas telecomunicações, rádios e tevês e ainda jornais concedidos na ditadura militar e dominados por políticos com voto e com financiamento privado de campanha garantidos - ainda precisa aprender a diferença entre sessão de piadas, comentários de oposição, mera opinião e a notícia mesma. Esta imprensa que passa o tempo todo desdourando o governo e o país não serve nem para o país, nem para o povo e nem para uma oposição decente.

A “Maria” não leva nenhuma vantagem com esse tipo de diminuição do país em pleno encontro de chefes de estado. Isso é um grande despropósito e desqualifica muito a imprensa e o país também. Nada preserva mais o papel da imprensa do que o bom uso de sua liberdade.

Do ponto de vista do jornalismo brasileiro a situação é mais grave ainda. Se sou editor de jornal ou tevê, rádio ou qualquer tipo de programa usaria o caso como exemplo de barbeiragem e gafe e do que não se deve fazer com minha equipe, com nosso país ou com qualquer chefe de estado. Vale aqui lembrar uma resposta do Marcelo Camelo a um jornalista que resume sua obra a Ana Julia e que não se presta a estudar e se preparar com seriedade para uma entrevista. Foi uma gafe global do jornalismo da Rede Globo mais preocupado em diminuir o pais e a presidência do que em informar ou apurar fatos e notícias. E na entrevista coletiva a pauta de negociações bilaterais entre os dois países deveria até mesmo vir antes da interpretação do significado global ou regional do Brasil. A imprensa e o jorna lismo brasileiro ficaram menores ontem á luz da humanidade. à luz dos EUA e à luz do próprio país.  
Para usar uma palavra chula aqui foi uma chinelagem típica de uma república de bananas. É assim, afinal, que a Globo ainda olha para o Brasil?


Sim, para terminar, é verdade, como alguns se colocaram a comentar depois, que isso é um sintoma do mais rodrigueano e puro complexo de vira-latas confesso e de quem não consegue ver mesmo o tamanho e a importância do nosso país.

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