Como bem disse Peter Ludlow, em
.......ficaria perfeito se em vez de "superior" John Kenneth
Galbraith tivesse dito
"qualquer" em:
"O conservador moderno está
engajado em um dos mais antigos exercícios de filosofia moral: a saber, a
procura por uma superior [qualquer que seja ela] justificação moral para o
egoísmo."
John Kenneth Galbraith,
economista.
Qualquer aqui é no sentido de que qualquer
coisa serve, qualquer meio é válido desde que o fim fique justificado (o
egoísmo).
Eu diria que eles tem uma crença
preferencial de que isso é não somente possível, mas necessário para o
desenvolvimento e seguem tentando a todo custo como uma razão de ser própria e
através disso vem junto meritocracia e outras. Ou seja, eles fundamentam suas
prerrogativas em certos atributos pessoais que lhes granjearam sucesso e o
principal deles é um egoísmo à toda prova.
Me parece haver ai um fundamento
profundo para suas crenças reconfortantes, como diria o Russell...
Me é muito legal, você colocar
isso aqui agora, pois em ando justamente em torno deste objeto complexo
cercando e cerzindo uma rede para apanhá-lo.
Diria que este político
conservador americano que também defende o casamento gay é egoisticamente mais
coerente, pois percebe a prerrogativa pessoal em jogo ai.
Eu creio que há também um
conservadorismo gay que envolve justamente um apelo a superioridade que associa
isso a liberalidade sexual e ao egoísmo. Aliás creio que este problema foi
tratado já alguma vez. Só não me lembro bem agora onde.
O conservador segue uma tradição
e é esta tradição (Deus, pátria, natureza e mesmo razão) que determina quem tem
liberdade ou não. O liberal amplia isso. O que o liberal faz é estender esta
liberdade aos demais sujeitos sociais, em especial a burguesia, por méritos
adquiridos com a riqueza no trabalho, mas disso não se segue que os demais tem
estas liberdades. Então aqui o conservador e o liberal andam juntos e traçam um
acordo: nós sim, mas os outros não.
Por isto a escravidão durou tanto
tempo e também por isto a exploração, a usura e a pirataria eram toleradas
tanto pelos liberais quanto pelos conservadores. Penso muito nesse arranjo a
partir da Inglaterra, mas lembro o quão difícil foi a negociação entre
conservadores e liberais lá que gerou a monarquia parlamentar e também a
supremacia inglesa na idade moderna.
Mas, assim, encontramos porque
fundar alguma moralidade ao egoísmo.
Aliás, não vejo a hora de ler
aquele livro do JCBT sobre figuras do estado moderno, porque é naquele fulcro
que foi construída esta distinção aparentemente móvel do egoísmo ou
individualismo possessivo.
Lá que esta crença no egoísmo
como fundamento foi entronizada.
Naturalmente, exatamente, absolutamente, responsavelmente,
individualmente...
Este é o grande dedo anular para
o outro erguido lá na modernidade. (Poderia ser o BIG STICK.) Seja este outro
um país inteiro, uma cultura sagrada, um povo ou raça, os trabalhadores e
etc...
Esta é a justificação da
dominação e da exploração pelo mais forte e mais soberano.
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