Os temas de identidade e
diferença são realmente fascinantes. Em especial quando vem acompanhados de
diferentes mecanismos de construção de identidade pessoal e adesão a crenças,
bem como, formação cultural e desenvolvimento da personalidade. Chama atenção
mais ainda a adesão à certos estereótipos e à símbolos culturais cuja
distinções são de relevância artificial e marcadas por escolhas ocasionais.
Penso ser incrível que a adesão à estereótipos, modelos de conduta e outras
marcas e traços de diferenciação, ao contrário de singularizar ou individualizar
mais seus portadores, simplesmente os massificam em categorias chave, grupos de
convivência, tribos e outras gangues, mas que são apenas, ao fundo que
recobrem, sinais artificiais de negação de uma identidade original da qual à cada
piercing, tatuagem, camiseta e a cada marca, eles vão se afastando mais ainda
de si mesmos e tornando-se outro ser, em cuja cada de cobertura encobrem uma
identidade não bem aceita, compreendida e sequer pessoalizada. Me chama atenção
esta despersonalização não porque esconde a identidade original mas apenas
porque lhe dá outra cobertura, uniforme ou marca. E estou falando aqui de mim
mesmo e minhas adesões culturais.
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