1. O mundo é tudo que é o caso.
1.1 O mundo é a
totalidade dos fatos não das coisas.
1.2 O mundo resolve-se em fatos.
2. O que é o caso, o fato, é a existência de estados de
coisas.
2.1 Figuramos os fatos.
2.223 Para reconhecer se a figuração é verdadeira ou falsa,
devemos compará-la com a realidade.
3.1 Na proposição o pensamento exprime-se sensível e
perceptivelmente.
3.2 Na proposição, o pensamento pode ser expresso de modo
que aos objetos do pensamento correspondam elementos do sinal proposicional.
3.3 Só a proposição tem sentido; é só no contexto da
proposição que um nome tem significado.
3.5 O sinal proposicional empregado, pensado, é o
pensamento.
4. O pensamento é a proposição com sentido.
4.2 O sentido da proposição é a sua concordância e
discordância com as possibilidades de existência e inexistência dos estados de
coisas.
4.3 As possibilidades de verdade das proposições elementares
significam as possibilidades de existência e inexistência dos estados de
coisas.
5. 1 As funções de verdade podem ser ordenadas em séries. Esse é o
fundamento da teoria da probabilidade.
5.2 As estruturas das proposições mantém entre si relações
internas.
5.3 Todas as proposições são resultados de operações de
verdade com as proposições elementares. A operação de verdade é a maneira como
a função de verdade resulta das proposições elementares. (...) Toda proposição
é o resultado de operações de verdade com proposições elementares.
5.4 Aqui se evidencia que não há “objetos lógicos”,
“constantes lógicas” (no sentido de Frege e Russell).
5.5 Toda função de verdade é um resultado da aplicação
sucessiva da operação
(---V)(ζ---)
a
proposições elementares. Essa operação nega todas as proposições entre os
parênteses da direita e chamo-a negação dessas proposições.
5.6 Os
limites da minha linguagem são os limites de meu mundo.
Isso é a
forma geral da proposição.
6.1 As
proposições lógicas são tautologias.
As
proposições da matemática são equações; portanto, pseudo-proposições.
6.4 Todas
as proposições tem igual valor.
6.5 Para uma resposta que não se pode formular, tampouco se
pode formular a questão. O enigma não existe. Se uma questão se pode em geral
levantar, a ela também se pode
responder.
6.54 Minhas proposições elucidam da seguinte maneira: quem
me entende acaba por reconhecê-las como contra-sensos. (...)
7. Daquilo que não se pode falar, deve-se calar.
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