"O estudo apaixonado da substância humana do homem faz parte da essência de toda literatura e de toda arte autênticas.
Não basta, para que sejam chamadas de humanistas, que estudem apaixonadamente o homem, a verdadeira essência da sua substância humana; é preciso também, ao mesmo tempo, que defendam a integridade do homem contra todas as tendências que a atacam, a envilecem e a adulteram.
Como todas essas tendências (e, naturalmente, em primeiro lugar, a opressão e a exploração do homem pelo homem) não assumem em nenhuma sociedade uma forma tão inumana como na sociedade capitalista, todo verdadeiro artista ou escritor é um adversário instintivo dessas deformações do princípio humanista, independentemente do grau de consciência que tenham de todo esse processo."
Gyorgy Lukács - in: Marxismo e teoria da literatura. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
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