#eusouafavordacultura
In memoriam de José Pedro Boéssio, Luis Brasil Rezeres e Nando
D´Avila
Pertencemos
a diversas gerações de cidadãos de nossa cidade. Não há uma, mas sim várias gerações
de cidadãos de nossa cidade que apreciam cultura e colocam a cultura como
objeto de valor em suas vidas. Tentar estabelecer relações entre estas gerações
é um grande desafio ao movimento cultural que sempre precisa lutar contra
tentativas de desvalorização, diminuição e apagamento da sua história. Cada um
pode falar a partir de sua própria perspectiva e pode muito bem dar voz a sua
história em relação à cultura e à arte na cidade, mas quando se coloca uma
perspectiva minimamente histórica, creio que ganhamos algo neste debate e
demonstramos o quanto é essencial a Cultura em São Leopoldo.
Mesmo
assim pretendo ser somente mais uma voz na diversidade de vozes que podem
tratar da cultura em São Leopoldo, e não dizer tudo ou dizer o que todos
deveriam dizer em defesa da cultura. Penso, sinceramente, pelo que sei e muito
mais pelo que não sei, que a totalidade da cultura de São Leopoldo só pode ser
atingida por muitas vozes. E espero com isso provocar em cada um a sua voz e o
seu coração a dizerem algo sobre isso. Vou procurar aqui expor, então, um
discurso de reconhecimento e de homenagem para todos, de nossa cidade e, com
isso, tecer uma grande trama em defesa da Secretaria Municipal de Cultura e
provocar outros a fazerem o mesmo a partir do seu lugar, da sua história e da
sua sensibilidade.
Também
sou daqueles que lutaram muito por políticas culturais neste município.
Participei em diversos momentos de muitos movimentos neste sentido e segui
muitas lideranças culturais e políticas que em São Leopoldo fizeram cultura e
fizeram a diferença. Desde a modesta, mas muito vitoriosa defesa da antiga
ponte 25 de julho com jovens estudantes e crianças deitados sobre a ponte
ameaçada de demolição, que foi minha primeira experiência militante em defesa
da cultura, passando por diversos tipos de festivais culturais, debates
culturais e muitos tipos de encontros. As atividades culturais em São Leopoldo
tem forte característica de diversidade.
A
Cultura habita toda a nossa cidade em associações de bairros, terreiros de
umbanda, igrejas, CTGs, Clubes sociais e esportivos, barracões das escolas de
samba que sucederam aos cordões e blocos, grupos de teatro como o TGB - Teatro
Geração Bugiganga com mais de 20 anos de existência, o Grupo Corpos e Sombras,
além disso muitos grupos musicais, e cultura em bares e restaurantes com música
ao vivo, quadros, murais e painéis de diversos artistas plásticos como Liana
Brandão, Eclair Moehlecke e Luis Brasil, por exemplo, e muitos outros estão
espalhados pela cidade, pelas casas e pelas instalações públicas e privadas. A
arte do Grafitti, por exemplo, também tem em São Leopoldo artistas de excelente
formação e com obras admiráveis. Temos agentes culturais em abundância e qualidade
em São Leopoldo praticamente em todas as linguagens. São Leopoldo possui música
de diversos gêneros, mas o rock e bandas de rock e popular desde os anos 70.
Darei alguns exemplos que resumo a partir de minha perspectiva destes gêneros
aqui: Os Shames que se reencontra neste ano de novo, a memorável Thule, o Grupo
Meteoro, o Grupo Tocaia, Unamérica, Tchê Guri, Eco do Pampa, Vide Bula, Os
Formigos, Maçã de Pedra e Banda Bleff e muitos outros. Além de aproximadamente
uns 300 grupos musicais que ensaiam e tocam por toda a cidade. Do popular ao erudito, passando por diversas
expressões temos um mostruário incrível de manifestações culturais. Se nos
dermos ao trabalho de estudar e investigar mais, temos e encontramos para
efeito de reconhecimento expoentes em todas as linguagens no passado e no
presente e, com certeza, teremos cada vez mais no futuro também. Nesta cidade,
por exemplo, o Canto Coral tem tradição consolidada e atingiu patamar superior
de qualidade, a dança de ballet, as danças folclóricas, o samba e o teatro
fazem escola e muitas outras linguagens são promovidas também em escolas
públicas municipais e estaduais, e em escolas particulares. As artes plásticas,
que já citei acima, tem muita tradição na cidade e muitos artistas e muitos
deles produzem muito e já fazem escola. Na área da literatura temos uma plêiade
de escritores e agentes culturais, há produção textual, crítica e poética e,
além disso, nossa cidade possui jornalistas e escritores de muita qualidade que
combinam esta parceria texto informativo e criativo há muitas décadas. A Unisinos
tem tradição em promoção cultural e possui inclusive know how neste ramo. Além
disso, por ser uma Universidade no sentido mais amplo da palavra abriga
intelectuais, agentes culturais e diversos profissionais ligados às artes e às
áreas estéticas. Temos agentes culturais na arquitetura, na história e em
praticamente todos os cursos universitários há demanda de criação, design e
invenção que sempre são incrementadas pela ação cultural em seu sentido mais
amplo. As Faculdades Est tem curso de formação musical e em musico terapia e
também promovem cultura e atividades culturais na cidade. Cultura, neste
sentido, não é só laser, recreação ou diversão e entretenimento, é também
trabalho e é também uma forma de construir nossas vidas e nosso mundo com mais
humanidade, entendimento e alegria. E
aqui ao lado em Sapucaia do Sul, o CEFET tem curso de promotor cultural que já
se encontra em seu sétimo ano de existência.
Muitos
de nós, assim, apreciamos, atuamos de
alguma forma, somos formados e conhecemos e incentivamos pelo menos um artista
ou agente cultural em nossa cidade. Alguns de nós tem um artista adormecido
dentro de nós ou reprimido dentre de nós
e outros já o deixaram sair à vida e à cultura. É, para mim, algo muito
transitivo as relações culturais em nossa cidade. Creio que isso é um traço
comum em São Leopoldo, é algo que toca a todos independente de classe, nível de
formação e padrão de vida ou consumo. Tenho observado que em nossa cidade as vendas
de instrumentos musicais, livros, e diversos materiais de uso de todas as artes
e linguagens possuem lojas bem estabelecidas hoje o que é um forte indício de
incremento cultural na cidade, geração de renda e de produção local. Há,
portanto, já em São Leopoldo uma forte cadeia produtiva que tenderá a se incrementar
no futuro, à medida que as políticas públicas tenham continuidade e avancem, e
que às inciativas privadas sejam feitas levando em consideração a dimensão
cultural de nossa sociedade e que se forme mais público, mais plateia e mais
iniciativa de divulgação cultural e promoção cultural.
Uma
defesa da Secretaria de Cultura de São Leopoldo, uma defesa da arte, dos
artistas, dos escritores, atores e atrizes, aos músicos, pintoras, dançarinas,
bailarinas, carnavalescos, tradicionalistas, rappers, rockers, videomakers, e
muitos outros de nossa cidade...deve porém fazer certas perguntas e pode
dispensar a diplomacia recatada e chocar aqueles que ameaçam a cultura e seus
avanços em São Leopoldo. Creio que não conseguimos defender a Cultura fazendo
de conta que aqueles que a violentam e a ameaçam possam ser aliados em sua
defesa. Não há isso! Podemos e devemos perguntar efetivamente: Que valor você
tem dado para a cultura em sua vida? Que valor você tem dado a educação de sua
cidade? Que valor você tem dado a saúde, segurança e felicidade do nosso povo?
Que valor terá você? Porque não há possibilidade de desenvolvimento cultural de
uma cidade sem relação de respeito institucional e econômico e sem a devida
valorização da cultura e sem seu estímulo na educação pública.
Já compartilhei
aqui muitas e diversas iniciativas em defesa da cultura da cidade. Creio ser
muito importante a manutenção de uma Secretaria Municipal da Cultura em São
Leopoldo, com pleno funcionamento institucional e legal em virtude da história
da nossa cidade, da sua vocação cultural através do seu povo e de sua
diversidade e porque visualizo um futuro muito promissor nesta área da cidade.
Creio que manter este vínculo institucional é muito importante, para a
cidadania e para preservar e ampliar a importância cultural de nossa cidade,
seja por sua história e contribuição na formação cultural de nosso estado seja
pelo atual movimento cultural presente em São Leopoldo e que encontra-se
deprimido e sem o apoio devido do poder público.
Faz
parte desta história também, e é preciso dizer isso claramente uma tradicional
divisão entre agentes culturais, certo umbiguismo e unilateralismo
característico daqueles que se envolvem em atividades muito especializadas e excêntricas,
mas a força da pauta em defesa da cultura da cidade, tem se erguido muito
fortemente a partir desta ameaça e creio que há unidade sobre esta DEFESA DA
EXISTÊNCIA DE UMA SECRETARIA DA CULTURA EM FUNCIONAMENTO PLENO. E ainda que
restem para muitos ainda controvérsias sobre a relação entre política e
cultura, há que se reconhecer também que a atual crise da Secretaria de Cultura
é uma crise de origem política e que a sua solução também haverá de ser
política. O que envolve muita conversa, respeito às diferenças e às vozes
divergentes. Neste sentido, dizer que a luta não precisa ser partidarizada é o
mesmo que dizer que o partido da cultura está acima da política, mas não nos
retira em nada a obrigação de apontar como chegamos nesta situação e como foi
que isto se deu, sopesando claramente a responsabilidade de cada um, para que
os mesmo erros ou equívocos, caprichos e parcialidades não se repitam.
Repudio
assim, também veementemente a dissolução da Secretaria de Cultura, acompanhando
e saudando a iniciativa do FAC – Fórum de Artes Cênicas de São Leopoldo que
aglutinou muitos para um diálogo sobre este estado de coisas e o desafio de se fazer
frente à ele e disto tirou carta aberta ao prefeito municipal e nossos
concidadãos. E acompanho também muitos que participaram do Movimento Cultura
nas Ruas no último sábado e que em reação vigorosa e contra a decisão da atual Administração
Municipal de extinguir esta Secretária tornando-a Diretoria vinculada à pasta
de Educação, novamente, como já o foi até 2005. Isso é uma iniciativa descabida
e peremptória, que escapa às exigências mínimas de planejamento de gestão,
denota incompreensão e falta de discricionariedade adequada com o setor e que
traz prejuízo grave à gestão pública, tendo em vista seu último período de governo
representado pelo Sr. Prefeito Aníbal Moacir da Silva,.
Desta
forma, o Sr Prefeito não governa para todos e apenas comprova que não é capaz
de conceber, planejar, executar e enxergar a cultura como política pública e forma
de identidade e manifestação de um povo, como também produz danos a
Administração Pública do setor, cujos reparos levarão alguns anos para serem
realizados caso insista em promover esta perversa iniciativa, tendo em vista
todo o rito legal e processual que levou São Leopoldo ao presente patamar. A consequência
dura deste ato vai assim retirar São Leopoldo do rol das cidades credenciadas e
atuantes no Plano Nacional da Cultura e que estão habilitadas a captar recursos
e investimentos a partir deste plano, a atual gestão promove dano às artes e á
cultura em nossa cidade. Isso representa um atraso e um dano, portanto, ao que
é legal, programático, histórico, político e cultural.
Curiosamente,
isto ocorre 40 anos após a Inauguração do Prédio Novo da Biblioteca Pública
Municipal Viana Moog (então Olavo Bilac) e 35 anos após o Tombamento no IPHAE da
Ponte 25 de Julho, por iniciativa da Sociedade Civil Leopoldense, 30 anos após
o ciclo de Festival do Diga Diga de Artes que foi promovido com apoio do Grupo Editorial
Vale do Sinos e pela iniciativa privada organizada da cidade e que foi um marco
na produção cultural local revelando talentos que até hoje atuam na área
artística e cultural e também 30 anos da Criação do Clic, do Centro Livre de
Cultura, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos e que constituiu muitas
atividades culturais na cidade, ocorre também após 20 anos da Fundação
Cultural, iniciativa municipal e da sociedade civil no interesse de desenvolver
a cultura na cidade e 10 anos após a criação da Secretaria Municipal de
Cultura.
É
necessário que o Sr Prefeito e sua equipe de gestores compreendam que o lugar
da arte e da cultura em nossa cidade é estratégico para o seu desenvolvimento, como
geradora de riqueza material e simbólica e não como simples pasta ou mandatária
de investimentos ou dispêndios de recursos. Entendemos que a arte e a cultura
em São Leopoldo tem importância histórica e coletiva irrefutável e fundamental
na formação da cidade, no desenvolvimento de sua diversidade que vai do
clássico ao popular, que transita pela periferia e das iniciativas individuais
até políticas e programas estruturados de formação e incentivo como Mais
Educação, Mais Cultura, formação técnica e também em nível universitário.
Defendo
aqui, então, institucionalmente também todas as linguagens e possibilidades
estéticas que são construídas criativamente por muitos jovens, educadores e profissionais
e entendemos também que o desenvolvimento da vocação cultural precisa em nossa
cidade de fomento, direção e incentivo por parte do poder público, não como
benesse ou mero apoio de patrocínios. Não compreendo – como alguns rasamente a
compreendem - a cultura como limitada a
um cabide de empregos para apaniguados, nem como uma pasta que deveria cumprir
o mero papel de ofertar cachês a seus artistas preferidos ou simpatizantes. Não
aceito a intromissão ideológica ou desqualificada na área cultural, esta deve
ser repudiada, mas defendo ela como política pública estruturante e estruturada
que não pode depender para sua existência do sabor das paixões temporárias do
gestor público ou das simpatias pessoais do mesmo.
Depois
de vários anos de luta e debates, de diversas iniciativas que acabaram nos
levando a construção em Conferência
Municipal de Cultura, do Conselho Municipal de Cultura, de um Plano Municipal
de Cultura e de um Fundo Municipal de Cultura, não admitimos que passamos agora
no estertor desta desastrosa gestão a entrarmos em retrocesso. Depois de uma
longa caminhada, agora estaríamos dando um passo à trás desmantelando e
desestruturando instrumentos legais de gestão da cultura em nossa cidade.
Sou
também certamente a favor do combate ao desperdício de recursos, como sou a
favor também do emprego de recursos humanos qualificados na gestão cultural, mas
sou veementemente contrario à extinção sem mais
reflexões e ponderações desta Secretaria. A Cultura não pode continuar
sendo sempre de forma unilateral a pasta a sofrer os primeiros cortes e
sanções, como já ocorreu em vossa gestão desde 2013, com diversos programas e
projetos desativados ou apequenados, por exemplo, como o Coral Municipal de São
Leopoldo, a Companhia de Dança de São Leopoldo, o Grande Carnaval da Cidade –
que já foi o terceiro maior do estado, a desativação e destruição da São
Leopoldo Fest, Caminhos de Natal, Semana Farroupilha, Pontos de Cultura, Feira
do Livro, e, também, o total desprezo pelo Patrimônio Histórico consagrado na
atual gestão como objeto de negociação imobiliária, como se esta não fosse uma
Secretaria de expressão histórica e importância para a nossa querida cidade.
Além
disso, agora quase terminando, é bom lembrar que São Leopoldo é o Berço da
Imigração Alemã e que em 2024 este bicentenário será comemorado com muita
cultura, muita arte e muito trabalho, apesar desta dura quadra que vivemos
hoje.
Quero
terminar dizendo e demonstrando, que além de São Leopoldo possuir cultura a
cidade ama cultura e que isso foi demonstrado flagrantemente em diversos
eventos do último final de semana que passou. Foi um privilégio extraordinário
este Musicâmara de Maio ocorrido no último domingo à noite, uma parte da cidade
de aproximadamente 500 ouvintes foram assistir uma apresentação de luxo na
Igreja do Relógio e todos saíram de lá com a convicção de ter visto um dos
maiores violinistas vivos do planeta. Isso é um grande privilégio para nós que
lá estivemos.
Um
mestre como Levon Ambartsumian, com seu Conjunto, merece grande saudação e para
mim, que gosto de símbolos, sua apresentação aqui, justamente neste período, é
um símbolo do vigor cultural de nossa cidade e do seu grande potencial. E o Conjunto
de Câmara ARCO da Universidade da Georgia - EUA, provavelmente com muitos
alunos deste mestre foi regido com muita maestria e que nos serve de exemplo e
medida do que precisamos atingir. Meu coração teve súbitos intensos na execução
majestosa da primeira peça de Schubert. Minha querida Lucia Passos e Ailton
Abreu merecem aqui um destaque, pois com apoio de parte de nossa comunidade conseguiram
abrir um calendário cultural internacional em São Leopoldo apesar da mazela da
atual secretaria de cultura e da atual gestão municipal.
É
algo maravilhoso saber que, apesar de tudo e do nada, a Cultura de São Leopoldo
resiste bravamente com muita gente especial trabalhando, estudando,
apresentando, recebendo apoios e atuando para aumentar o público cultural com
prazer, altivez, qualidade, dedicação e muito trabalho. No sábado, o evento do Cultura
nas Ruas, na Rua Presidente Roosewelt, mostrou também a muitos talentos e teve
muita emoção durante toda a manhã até a tardinha com diversas manifestações em
defesa da cultura.
Mas
um pouco depois encontrei um menino chamado Richarde Mickael Bartikoski em
frente ao Bourbon tocando peças ao violino e recebendo alguns trocados para
poder investir nos seus estudos e recebendo aplausos e atenções dos transeuntes
da cidade. E fiquei pensando na relação daquele menino ali, no futuro dele e de
nossa cidade com todo aquele esforço e a existência de políticas culturais
efetivas em nossa cidade. Não é preciso dizer que aquele mesmo menino, se tudo
correr bem, poderá um dia ser aluno do mestre Levon, Spalla de um Sinfônica e
também mestre de muitos outros jovens de nossa cidade.
É a
arte e a cultura que resiste pulsando vigorosa e consistentemente nas ruas da
cidade e nas igrejas e praças, pois no domingo na Praça dos Brinquedos a também
amiga Claudia Beatriz Severo do Grupo Teatral Palcos e Sombras, com longa
tradição, trabalho e militância pela cultura de nossa cidade, promoveu o
projeto "Palco Aberto", já no seu terceiro ano de ocupação cultural
das praças de São Leopoldo, foi um Domingo Cultural com atrações culturais que foi
um sucesso também.
Salve
a Cultura!
Pela
Legalidade da Cultura em São Leopoldo!
Pela
defesa da Secretaria da Cultura de São Leopoldo!
Em nome
da divisa de nossa querida cidade: FÉ, CULTURA E TRABALHO!
Daniel Adams Boeira #eusouafavordacultura,
Professor de Filosofia e militante cultural
Em 2 de junho de 2015.
P.S.
cada um toca o instrumento que possui, cada um luta com as armas que tem, cada um se expressa ao seu modo e cada um ama
a cidade que compreende e que conhece! Salve a Cultura e que todas as vozes,
cantos, cores, danças e mimos da Cultura de São Leopoldo aprendam a lutar! #eusouafavordacultura
Nenhum comentário:
Postar um comentário