"o meu passado que define a minha
abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu
devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha
ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu
corpo. Que espaço o meu passado deixa pra minha liberdade hoje? Não sou escrava
dele."
Esta citação da Simone me veio em tão boa
hora que chego a usá-la aqui mais de uma vez e ainda vou usar mais ainda numa
certa definição de vida e existência livre.
Além desta postagem da Simone encontrei hoje
uma bela e muito fina abordagem que eu chamaria de existencial do problema das
escolhas e das mudanças na vida da gente. Envolve para mim muito as mudanças
que vivemos ao longo da vida por força da necessidade e da nossa dimensão de
liberdade e compromisso em cada época nossa; envolve também o que aprendemos na
vida, a forma como aprendemos e assimilamos certas lições; com isso envolve
certas decisões nossas sobre nossa própria disposição e nosso tipo de
disposição em relação às coisas e aquilo que nós que conseguimos cuidar,
carregar, suportar da gente e dos outros e o que ainda faz sentido ou tem algum
papel real em nossa vida.
Eu trataria o mesmo tema em diversos outros
viezes também e sugiro se pensar em desapego, abandono, afastamento e também
sobre esta tal perda de significado de coisas que um dia nos foram tão caras
como algo libertador. Não gosto de encarar isso como culpa.
Quando decidi um dia nunca me tatuar, e isso
me vale como um exemplo de disposição bem primitiva e que ainda não abandonei,
pensei muito exatamente nisto: no que era passageiro ou um impulso temporário
de época ou ocasião em minha vida e no que poderia durar para sempre em mim e
comigo.
Assim, como quando escolhi o curso da
universidade e, portanto, a profissão, fiquei mesmo pensando muito nisso: no
que eu gostaria de fazer o resto da minha vida, mesmo depois da aposentadoria e
enquanto eu durar sobre este planeta. Bem, o artigo citado logo baixo da
revista Vida Simples que é ótima vale a leitura...
Por fim, eu penso que nós temos que ser
generosos sempre e perdoar sempre. E tentar deixar uma espécie de rastro com
boas considerações e muito carinho e autenticidade em nossa vida e em nossa
passagem pela vida dos outros. Eu tenho um problema com isso porque, em geral,
não esqueço ninguém e tenho gratidão até mesmo com aqueles que pouca
consideração tem pela gente. É minha forma. Aprendo e tento aprender sempre com
todas as experiências e relações e vamos caminhando assim mesmo...tentando
sinceramente ter sabedoria nas coisas, nas ações, escolhas e relações...e ser
livre e incentivar os outros a serem livres também....
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