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domingo, 28 de junho de 2015

INFLUÊNCIAS, BIOGRAFIA, CONFISSÕES, AUTOCONSCIÊNCIA, REFLEXÃO E ESCOLHA DE CRENÇAS



Lembrei muito da Denise Bottmann por causa da Virginia Woolf e do Paulo Faria por sua influências e homenagens e seu texto A "Encenação".

"Essa influência - e por influência quero dizer o poder exercido por outros grupos sobre nós; a opinião pública; o que as outras pessoas dizem e pensam; todos esse imãs que nos atraem para um determinado lado, para ser de uma determinada maneira, ou que nos repelem para outro lado e nos fazem ser de maneira diferente - nunca foi analisada em nenhuma dessas Vidas que eu gosto tanto de ler, ou quando o foi, a análise foi muito superficial. No entanto, é por essas presenças invisíveis que o "sujeito dessas memórias" é arrastado para esse ou para aquele lado todos os dias da sua vida; são elas que o mantém em determinado lugar (...) se não pudermos analisar essas presenças invisíveis, saberemos muito pouco sobre o sujeito das memórias; e então, como se torna inútil escrever autobiografias! Vejo-me como um peixe em um rio arqueado impedido de se mover ; mas incapaz de analisar o rio.!, "


WOOLF, VIRGINIA. Momentos de vida: um mergulho no passado e na emoção. Tradução de Paulo Maria Rosas Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 94. 

(Um baita encontro resumido numa pequena citação divisada das minhas buscas aparentemente aleatórias. Um sujeito de crenças sofre influências, pode adquirir crenças de forma passiva ou ativa, ser consciente ou inconsciente disto. As presenças invisíveis me parecem como redes dentro das quais os sujeitos habitam relacionados por crenças comuns e sistemas de crenças comuns e compartilhadas. Algumas destas crenças se transformam em convicções arraigadas e entranhadas, são fixadas e quase tatuadas no corpo destes sujeitos e assim eles vão levando a vida. Moralmente poderíamos apenas perguntar como eles continuam acreditando em crenças ruins por tanto tempo? A única razão que encontrei foi porque está tatuada na identidade pessoal deles, tal crença se confunde com um guardião da pessoa. Então olho para alguns hipócritas e cínicos – para ficar só nestes dois exemplos - vejo um pouco isso: eles vão acreditar em suas razões e crenças até a morte...ou isso seria uma “encenação”?)

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