Fico pensando sobre o destino da
minha cidade, não somente cultural, educacional ou político, mas também moral.
E quando penso nisso fico também sempre tentando entender os cálculos que
algumas pessoas fazem. Porque sei que estes cálculos são decisivos em alguns
momentos e a gente sempre imagina que algumas pessoas sejam capazes de fazer o
melhor e de ter alguma altivez e grandeza. Tipo, fico pensando nas razões de
porque apoiar isso e não aquilo, porque curtir isso e não aquilo, porque
assumir isso e não aquilo e qual é bem o jogo de perde e ganha que elas
processam em suas mentes. Sei que muito disso depende de crenças rígidas e
flexíveis, de convicções, opiniões e valores, mas eu também penso nestas
pessoas e em quem elas são, de onde elas vem, penso no tempo que elas vivem por
aqui e no que elas já defenderam um dia. Para mim, devo dizer, o problema não é
a coerência com o passado, nem a impossibilidade de mudar de opinião, mas sim a
generosidade e a confiança, as dúvidas e as certezas que elas exibem ao dizer
certas coisas ou ao se omitir. E o modo como dizem estas coisas também me chama
atenção. Ontem – isto é na quarta feira dia 17 de junho, em meio a Sessão do
Conselho Estadual de Cultura, em que discutíamos a não extinção da Secretaria Municipal
de Cultura de São Leopoldo, na qual certo vereador que afirma estar sempre preocupado
com o destino desta cidade sequer pisou ou colocou o pé, eu o ouvi e o vi se expressando para algumas pessoas nos
corredores porque não votou ou assinou pela Instalação da CPI das Finanças
Municipais. E é um daqueles vereadores que anda por ai fazendo muita política o
tempo todo, mesmo antes de ser vereador porque tem sido um desocupado do
trabalho e desobrigado do trabalho por muito tempo e me surpreendi por dois
motivos. O primeiro é que sem preconceito algum, eu mesmo já o tratei com muita
deferência e respeito quando ele nem era vereador e nem candidato e estranhei
não receber dele sequer a atenção de um cumprimento ou um gesto mínimo de
cordialidade. Em segundo lugar, porque vi também que ele está do alto do seu
passageiro e temporário cargo e poder - o que vale para todos - chamando alguns
dos que participaram do movimento de instalação da CPI de oportunistas... Me
deu uma vontade de contar a história da vida dele aqui - fazer uma biografia
resumida para ver quem é oportunista e quem defende o bem desta cidade de fato
e para ver exatamente quem é mais oportunista e abusado nesta cidade ou
trabalhador e lutador por justiça para todos...mas quer saber? Não o farei,
porque não é, não era e não será de mim que ele ganhará um retrato merecido!
Deixarei isto para os seus eleitores que poderão ou não no futuro contar algo
sobre sua importante e decisiva contribuição a esta cidade. Lamentável é e
vergonhoso é que não tenha também vergonha na cara, nem reflexão e virtude e
que consiga ter tanta ousadia quando o que de fato lhe pesa na cabeça não é o
interesse público. De tal modo que é incapaz de expressar com razão mínima seus
motivos. Nada é mais oportunista do que a impossibilidade de dar razões sobre
suas escolhas. E "poiseh" não é argumento, assim como negação também
não é refutação!
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