Participei na terça-feira à noite, na condição de ouvinte, da abertura do XVI Colóquio de Filosofia da Unisinos: Dialética e Hermenêutica: Entre Platão e Gadamer, e por via das dúvidas ao chegar no balcão de credenciamento perguntei para a mocinha ou estagiária com certa delicadeza interrogativa se:
Você tem certeza que isso não é um seminário de matemática, se é filosofia mesmo?
Ela me respondeu de forma gentil que sim ao que foi respaldada pelo gentil professor que acompanhava na organização.
Eu pensei comigo mesmo: Vamos ver!
Passada a cerimônia breve de abertura segue-se a Conferência inaugural do Colóquio como Professor Dr. Marcelo Perine sobre Gadamer e a Escola de Tubingen/Milão e se desfaz completamente minha dúvida e certas certezas quando espontaneamente o professor trata da questão de se saber se o logos de Platão no Filebo é o logos arhitmos ou não e, mais, quando ele começa a pontuar as diferenças interpretativas entre Gadamer e os membros da escola de Tubingen-Milão sobre as relações entre o Um e oi Múltiplo, o limitado e o ilimitado e, além disso, para me trasportar diretamente aos pórticos da Academia me aparece sutilmente a questão de saber se Platão propõe um sistema ou não.
Eu voltei para casa com a certeza absoluta de que a aula não era de matemática, nem o Colóquio, mas que bem pensadas as coisas poderíamos retomar cada tese ali exposta sobre a natureza e a forma dos números e das medidas...e é assim...
que te envio esta mensagem te tranquilizando: que não há nada mais filosoficamente interessante do que a matemática, a não ser a própria filosofia....
que te sirvam estas palavras de um apoio...
boa partida...
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