Uma canção - Lied - de Schubert que é muito linda e cuja letra - por certa coincidência - me remete diretamente ao Sol de Platão ou Sócrates, ou às três fontes de luz possíveis naquela caverna em que os prisioneiros, apegados aos seus hábitos, pela força do hábito, resistem, matam, tripudiam e debocham daqueles que conseguem ver para além das sombras deste mundo sensível. Primeiro a luz da chama na fogueira esta luz artificial que produz as sombras, após isso a luz do Sol natural que lá fora da caverna me ofusca os olhos toda vez que a encontro e, por fim, a luz da razão ou a luz do bem supremo que é a única que me permite discernir à todas as luzes possíveis e discernir tudo que há...pequena nota para ir lendo a ALEGORIA DA CAVERNA, Platão, República, Livro VII...
Os sóis fantasma
Eu vi três sóis no céu,
Olhei longa e intensamente para eles;
E eles, também, ficaram imóveis me olhando
Como se não quisessem me deixar ver
Ah, mas não são os meus sóis!
Olhem para outras faces, então:
Até recentemente, eu também tinha três sóis;
Agora, os dois melhores se foram.
Mas vamos ao terceiro também!
Na escuridão, ele se sairá melhor.
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