Meus companheiros e companheiras
petistas
Sei que todos meus amigos e
amigas, com algum estofo moral e político, com alguma informação bem clara
sobre as coisas no processo da AÇÃO PENAL 470, que acompanham o noticiário
atual sobre a Prisão do José Genoíno, sofrem com ele, com a família dele e
temem o pior, temem que a saúde dele fique pior, com esta atitude de arbítrio e
profunda indignidade do Presidente do STF para com ele.
Todos que sentem dolorosamente
isso, que se sentem violentados e profundamente chateados com isso e que
conhecem a história do nosso partido e as características comuns à muitos de nós,
sabem que a pior coisa nisto tudo não é que todos os bandidos, corruptos,
saqueadores profissionais do estado brasileiro, fiquem zoando da gente, mas sim
que vemos mais uma vez um dos nossos, alguém que conduz sua vida como todo bom
petista e boa petista de sangue, carne e osso, alguém que nunca tirou vantagem
material ou vaidosa da sua militância ou da sua atuação sindical ou política sofrer
profundamente.
Eu sofro com ele e muito e sinto
pesar pela situação dele porque sei o quanto este julgamento é injusto com ele,
sei por ler, conhecer e estudar o quanto este julgamento tornou o STF um
tribunal político, em que o que menos importa é o fazer a justiça e o ser
justo, mas sim o corresponder a um clamor faccioso e a uma vendetta que se
iniciou lá com o Roberto Jefferson – o amigo do diabo -.ao qual o Governo Lula
acabou por se associar por força das exigências do regime político brasileiro
que força qualquer governo a depender do parlamento, sendo ele o mais sujo ou não,
força qualquer governo a negociar com a maioria eleita pelo povo.
Também chateia a gente ao ver, inclusive,
pessoas que nunca fizeram absolutamente nada pelo povo ou pelo Brasil de graça,
os militantes de aluguel, os vira casacas, aqueles que mudam de partido por
conta exclusiva de seus projetos pessoais, mudam de partido por cargos, àqueles
que não tem programa, nem projeto político coletivo, com a maior cara de pau
fazer blague ou troça de nós e do José Genoíno de forma covarde e leviana.
Não tem tamanho, nem medida, não é
justo o que fazem agora, inclusive a imprensa com o José Genoíno.
Talvez eles estejam conseguindo
justamente o que querem, que é afastar qualquer pessoa legal da ação política,
da atuação política e arrebentar com a esperança de que a justiça é possível,
mas eu penso em outra coisa apenas por agora: que isso só mostra de fato o quanto
a nossa luta é difícil e dura, o quanto não podemos mesmo nos iludir com
bajulações, prestígio ou elogios e que temos que saber sempre de que lado estamos,
com quem estamos e para onde vamos. Penso que cada vez mais devemos nos tornar
mais seletivos, mais críticos e muito mais rigorosos do que já ousamos imaginar
um dia, não por purismo ou moralismo, mas pela sobrevivência de um projeto que
quer mesmo mudar o Brasil, que quer mesmo desalojar os exploradores e os
dominadores de classe do poder.
O pesadelo e a dor que hoje
vivemos deve servir para sermos mais corajosos, mais rigorosos e menos piedosos
com aqueles que a gente sabe o nome, que a gente sabe o projeto e que a gente
sabe o partido. – Penso que o revanchismo não é a solução, mas não consigo
pensar em nada melhor hoje do que a luta, a luta real e a disputa firme e
constante contra estes que nos espicaçam e nos afrontam com aquela velha cara
de pau e aquele velho deboche que já ouvimos muitas vezes um dia.
Não passarão meus companheiros, não
triunfarão...
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