Para um marinheiro experiente uma bússola quebrada pode ser substituída pela observação acurada das estrelas, de modo a manter a orientação desejada e levar até o porto desejado, mas se não há um timão sob às mãos para manter ou alterar a direção que se segue, então pouco adianta a experiência ou a consciência da direção a seguir.
Entende-se por esta metáfora que uma coisa é ter em mãos um bom mapa, bons instrumentos, mas que outra coisa é ter em mãos não somente a possibilidade de escolher a direção a seguir, isto é, a excelente orientação, mas também os meios efetivos para seguir nesta direção, quer dizer, a capacidade de sobreviver e lutar frente às tempestades da alma e ao vale de lágrimas deste mundo.
Neste trabalho, portanto, por um desígnio do autor, o que menos importa são os resultados efetivos, pois se tiver sido possível sobreviver às tempestades e aos pesadelos, tanto melhor, pois, assim, foi possível viver, contemplar e agir neste mundo. Que isto seja entendido não como uma advertência sobre o que é apresentado, mas como uma indicação daquilo que, afinal, realmente importa.
UM PREFÁCIO DE TRABALHO
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