"Nascemos sozinhos,
vivemos sozinhos
e morremos sozinhos.
Só no amor e na amizade
podemos criar a ilusão,
por um instante,
de que não estamos sozinhos."
Orson Welles
Ouvi isto ontem ai final de um
doloroso episódio familiar do seriado Criminal Minds, em que um marido tem seus
olhos vendados porque, devido a doença que lhe acomete, não conseguia
reconhecer a própria esposa, não conseguia ver direito o mundo à sua volta e
quase se extingue ao reagir às súplicas desesperadas de sua filha que ele
reconhecia. E me lembrei instantaneamente de uma frase de meu pai - dita muito
antes de sua doença e em meio a um bate papo sobre casamento, amizade, amor e
relacionamentos: "Somos na verdade muito sozinhos meu filho e em alguns
poucos momentos estamos realmente juntos aos outros e em alguns destes juntos
em alegria e outros em tristeza." E eu sei isso numa medida em que
preferia ignorar, preferia não saber e a cada dia que passa preferia não
perceber e nem sentir a falta destes poucos momentos, porque eles vão se
afastando com o tempo e vão ficando cada vez mais raros, mas é toda a verdade
sobre este assunto que, apesar do resumo, deve nos fazer levar o pensamento até
o seu limite e nos alegrarmos com alguma esperança destes momentos continuarem
ocorrendo, se manterem e retomarem seu vigor em nossas vidas, porque é afinal
só isso mesmo que realmente importa e nada mais. E isso nos basta!
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