Hoje aconteceu de novo algo muito
legal que me provocou a retomar o estudo do prisioneiro em filosofia e
literatura, ou seja, como o pensamento filosófico e humano se isola do mundo
circundante com o propósito de compreendê-lo e perde-se em si mesmo. O tal
aprisionamento em sua própria cachola que leva a nossa cabeça a virar um
depósito de crenças e que não bem resolvidas acabam te isolando do mundo.
Perder-se muitas vezes em divagações e fantasias pode ser prazeroso e te levar
a abordar a realidade de uma perspectiva não usual ou trivial, pode te levar a
criar coisas novas e também a gerar novas referências para a vida. Mas em
outras vezes fazer você se perder em construções de projetos e idealizações
sobre a realidade que podem apenas ser quimeras ou abordagens pouco
realizáveis. Existem por traz disto muitos problemas de base que são tratados
como temáticas filosóficas: a linguagem, a percepção de si e do mundo, a
conexão com as outras mentes e as relações de compreensão com outros
indivíduos. Tal temática toca, por fim, nos nossos desejos e nas nossas
necessidades. Alguns estavam pensando, na nossa formação, que iríamos lidar só
com idéias, apresentações de ideias e formuladores de ideias.
As ideias que vamos acumulando ao
longo da vida vez ou outra precisam passar por certo inquérito e eu penso que
nossas crenças acumuladas ao longo da vida devem ser periodicamente
interrogadas e confrontadas para nossa própria saúde social e cultural. Porém,
nunca se esqueça que o pensamento surge e confronta-se sempre com a experiência
e que não há nenhuma experiência mais marcante do aquela em que se realizam os
desejos ou em que se satisfazem as necessidades...sejam elas quais forem...
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