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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

UM FUCA, UMA COPA, CUBA E NÓIS

Eu creio que este debate e outros às vezes nos levam a posições parciais e que não ajudam em nada para que consigamos construir uma visão do todo e da real dimensão  das coisas. Eu não sou contrário nem à copa do mundo e nem ás olimpíadas, como não sou contrário ao carnaval comercial, nem ao pagode ou  samba de raiz, como n]ão sou contrário a Funk, Hip Hop, Raves e etc, nem ao Jazz ou Bossa Nova, forró ou baião. O aspecto crítico será encontrado em qualquer grande iniciativa que se tome no capitalismo. 

A Petrobras foi a única entidade que creio que financiou ao Fórum Social Temático e isso é algo para se pensar, não por ser contra, mas por será favor disto e de outras coisas. Eu não gosto de ter posições de principio e sustentá-las a qualquer preço só porque um dia as possui ou admirei. Não creio que o Governo Federal deveria realizar somente iniciativas de esquerda ou exclusivamente com recortes de esquerda. O Brasil não pode construir barreiras a eventos internacionais considerando sua vocação e sua história tanto de emancipação quanto de incidência política no cenário global. 

Eu vou dar um exemplo que me é muito caro desde a minha primeira leitura da questão cubana e do que os EUA tem feito contra Cuba em termos de bloqueio e etc. Eu serei o primeiro a aplaudir, apoiar e me sentirei muito feliz no dia em que esta nação que tanto admiro e respeito pela sua história de resistência, mas também de exemplo em diversas questões sediar um evento como as OLIMPÍADAS. As contas que todos fazem ficam presas ao economicismo e a uma espécie de ideologia do SÓ QUE NÃO.... o Brasil não pode fazer copa do mundo, o Brasil não pode fazer isso e aquilo, mas que tal perguntar melhor sobre isto? Vamos colocar fora tudo que foi feito porque agora decidimos que não devia ser feito? 

Os limites da delegação de poderes - do poder que emana do povo - devem ser bem mais respeitados em duplo sentido. Tanto o estado deve ter ciência de seus limites e fazer sim consultas sobre o que deve ou não fazer, mas isso também envolve aos cidadãos de ouvirem bem melhor do estado o que devem ou não fazer e eu não creio mesmo que os cidadãos estejam sendo justos ou corretos ao fazerem o que tem feito com a absurda característica de infantilidade, arrivismo e revanchismo...e prejudicando milhares de outras pessoas para as quais o FUSCA, A PARADA DE ÔNIBUS, OS ÔNIBUS, AS OBRAS DA COPA E DAS OLIMPÍADAS, a banca de revistas, os empregos e os trabalhos - bem mais que as ideias - serão uma oportunidade de progredirem, e avançarem na sua vida com boas memórias, alegrias e a possibilidade de tornar isso uma experiência que simbólica e materialmente seja melhor que nada ou que outra cosa. 

No ano passado fiquei pensando naquela corrente contra o carnaval e me dei conta da total falta de generosidade das pessoas e de suas convicções para com os demais cidadãos - nós precisamos de MAIS SAÚDE, MAIS EDUCAÇÃO E MAIS SEGURANÇA, mas o mundo não vai parar e a vida não vai acabar se tivermos mais carnaval, mais futebol, mais turistas e mais obras no Brasil. Precisamos olhar para o todo e parar de pensar com um parcialismo pseudo engajado que não faz nada mais do que nos deixar loucos da cara enquanto o povo toca a vida e faz o que é preciso. PRONTOFALEI - e aproveita que eu estou doce hoje...

aquele abraço... 

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