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domingo, 19 de janeiro de 2014

PAUSA NA MONTANHA DA VIDA - ESPERANDO A BRISA E RESPIRANDO À BEIRA MAR

Bem..o texto sobre a Montanha da Vida acabou trancado em um pc que resolveu ter e criar dramas de bloqueio funcional...Até eu "conseguir" carregar as DLLs necessárias para o kernel liberar o sistema e, assim, se resolver este problema. 

Mas eu até que estou bem e minha paciência, neste caso especial, se deve ao fato de que estava lendo as cinco primeiras páginas e julguei que tem algo errado nelas, há algo que não bate bem ali. Minha cabeça tem facilidade para escrever, mas nem sempre o que sai explicita da melhor forma aquilo que eu penso. As vezes é bem mais fácil falar ou pensar do que escrever da melhor forma e da forma mais inteligível.  

Então vou ficar ruminando mais uma semana neste lance de método e organização ads informações, e até à volta da praia vou fazer certa quarentena e ver como as anotações e as diversas leituras relacionadas me ajudam a melhorar este outro ensaio sobre Kerouac, ou melhor que usa Kerouac como pedra de toque - para usar uma figura de Kant aqui - e para ir par além dele e tratar da relação entre vida e obra, projeto de vida e obra, obra e autor, que é o que me interessa e o que me motiva. 

Na literatura dele - em On the road - por excelência este me parece um bom leitmotiv. E é na literatura dele que eu penso sobre isto, então penso em usar a figura dele, a personagem dele e a vida dele para isto, pois o seu personagem e os demais vivem esta oscilação existencial completamente que me parece tanto na obra com na vida real deles. Ou seja, o símbolo e a realidade simbolizada ou representada na ficção possuem o mesmos sentimentos de perdição e desolação, êxtase e emoção. E é esta a base talvez da desolação posterior de Kerouac que é coroada em Big Sur. Digo que vi os dois filmes, tanto Big Sur como On the road e me senti bem provocado a tratar disto, E confesso que isto tem sim alguma relação com minha própria vida e minhas experiências de amizade, familiares e existenciais em geral.  

Mas agora a Montanha da Vida é, então, um texto bem mais voltado aos altos e baixos da vida e como a gente faz para sobreviver aos momentos bons e ruins, sem jogar tudo fora por impaciência, tempestividade ou depressão...

A questão é esta mesma: como manter o animo de viver após atingir o cume daquela montanha para a qual você tanto lutou?

E também como aceitar os demais acontecimentos dos próximos dias, meses e anos de vida sem ficar se comiserando ou arrebentando porque nada mais era como antes e vais ter que envelhecer sem ficar se destruindo ou autodestruindo porque os bons tempos passaram.

Mas isso é um assunto de velho ou de quem  já passou pelo seu rubicão na vida, ou quem já sabe que está no caminho de volta das índias, ou melhor, quem sabe que já está descendo a grande montanha da vida. Ainda que eu acredite que a gente pode subir outras montanhas nesta vida e levar este lance com mais alegria e bem mais otimismo, apesar de tudo, de todos os limites e de todas as dificuldades. 

Mas eu juro que não quero fazer um livro de auto-ajuda não, eu quero é pensar isso a partir de uma dimensão filosófica, literária e existencial e com todas as consequências possíveis no texto e na vida real.      

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