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domingo, 12 de janeiro de 2014

MAIS LIVROS, MAIS LEITORES E MELHORES ESTUDOS

SIM MESTRE GUSTAVO MELLO, 
MUITOS LIVROS BONS E 
MUITOS E BONS LEITORES NO BRASIL 

- provocado a partir de um diálogo sobre o lançamento pela L&PM de GUSTAVE FLAUBERT: O IDIOTA DA FAMÍLIA, de Jean Paul Sartre, sobre o seguinte texto/diálogo:

G.M.: "O Brasil vive um dos períodos de ouro em se falando de mercado editorial. Não há a menor possibilidade de acompanhar um terço do que se publica."

D.A.B.:  "Eu que sei..cada vez que entro em uma livraria ou visito um site de editora ou leio os jornais e revistas fico impressionado com isso...é um bom tempo mesmo...."

A boa notícia é que alguns dos jovens que lêem hoje tem me surpreendido com a diversidade de interesses e o bom uso de uma vasta gama de informações disponíveis na internet hoje. Lembro bem que nós tínhamos que garimpar muito e por mais de anos no nosso tempo de juventude, diletantismo e autodidatismo.

Neste último item tenho tido belas e maravilhosas surpresas com alunos e alunas de escola pública de ensino médio.

Nossa, poderia enumerar aqui muitos exemplos e que deixariam alguns outros professores boquiabertos como eu. Imagino que os professores que não percebem estas coisas ou que não valorizam elas deveriam prestar mais atenção e buscar mais as grandes experiências positivas na educação, escapando do discurso depressivo na educação ou de um negativismo recorrente que vem sempre misturado com certo saudosismo e aquela velha perspectiva de que no meu tempo era melhor e cosia e tal. Este tempo já passou e há que se olhar para o presente.

Um exemplo caro para mim neste ano é que fui apresentar o que chamei de QUARTETO FANTÁSTICO - DESCARTES, SPINOZA, PASCAL E LEIBNIZ...e uma criatura foi pra cima do Spinoza e em três linhas e poucas palavras me apresentou um resumo muito elegante das teorias dele que ela encontrou aqui e ali, tirando conseqüências e aplicando à vida meio que num relâmpago brilhante o que me deixou completamente boquiaberto. E este é o primeiro caso que destaco resumindo entre outros. 

Outro caso, por exemplo, ainda, de uma aluna que me apresenta com a maior honestidade um resumo de cor e salteado do seu trabalho de três páginas sobre Pitágoras em 10 minutos de forma oral, com poucas anotações no caderno e com uma maestria notável. 

Ou, ainda, para liquidar, um menino que resume Parmênides de uma forma tão precisa, elegante e analítica que parece o próprio autor exibindo a estrutura de um iceberg lógico. 

Eu tenho tido diversas experiências destas também em debates, em diálogos e tive o prazer de ter uma turma de terceiro ano que simplesmente fazia qualquer assunto ter um UP a partir da sua apresentação básica por mim. 

Eu dizia para eles ao final do ano, no agradecimento, que eles sempre tornavam qualquer aula melhor e tudo que eu apresentava para eles ficava melhor a partir da discussão com eles.

Isso tudo penso eu, me leva muita água ao moinho de minha tese de que as ciências humanas e artes serão muito beneficiadas pelo impacto das novas tecnologias. Simplesmente porque é a ponta oposta frente a completa saturação dos conhecimentos naturais e exatos que atingimos hoje.

Penso que isso também apresenta certo desafio à curiosidade, inteligência e sagacidade dos alunos e alunas, porque se ainda tem uma região que ainda é quase inteiramente indomável ao pensamento humano é esta.

#PRONTOFALEI...

tava quietinho até hoje..


mas já é dia dez...não é pessoas?...

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