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domingo, 12 de janeiro de 2014

SOBRE A OPERAÇÃO KILLOWAT E A SEGUNDA CRE

INFORME BEM IMPORTANTE sobre o que está acontecendo na Operação Killowat. _ fonte Mariléia Sell.

Sobre a Operação Killowat e a 2ª CRE

Em ressonância ao que vem sendo amplamente divulgado na mídia desde ontem (09), venho fazer alguns esclarecimentos relativos à Operação Killowat, deflagrada pela Polícia Civil e pela Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Defaz/Deic). Esta operação está investigando possíveis desvios de verbas públicas em obras de duas escolas da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul: uma de Porto Alegre e uma de São Leopoldo. A coordenadora da 2ª Coordenadoria Regional de Educação, Rosana Santos, foi arrolada no processo judicial para prestar esclarecimentos. Além das 26 escolas públicas da rede estadual de São Leopoldo, Rosana responde por mais 145 escolas espalhadas por 37 municípios dos vales do Sinos, Paranhana, Caí e Taquari. Depois de ouvida, Rosana foi liberada, pois, como esclareço a seguir, a 2ª CRE não é o órgão responsável pelas obras escolares.

A 2ª Coordenadoria Regional de Educação tem o exclusivo papel de encaminhar as demandas de obras das escolas para a Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP). Depois de solicitada a obra à CROP, o processo é de inteira responsabilidade da Secretaria de Obras. A 2ª CRE não tem a responsabilidade de fiscalizar obras, nem de fazer licitações, nem de dar ordem de início de obras, nem de fazer tomada de preços. A coordenadoria não tem envolvimento com as empresas e construtoras que executam as obras e nem realiza qualquer tipo de pagamento.

As obras do Instituto de Educação Parque do Trabalhador, de São Leopoldo, apontadas pela Operação, apresentam problemas desde o ano de 2008. Quando a gestão 2011-2014 assumiu houve o rompimento com a empresa que estava executando obras com problemas na referida escola. Foi realizado um novo processo e a empresa começou obras emergenciais, que ainda estão em andamento, sendo que a última parcela do trabalho não foi paga pela Secretaria de Educação do Estado (SEDUC) por não ter sido emitido o termo de conformidade da obra pela direção da escola.

A coordenadora não tem a responsabilidade de vistoriar obras, o que não a impediu de realizar mais de cinquenta visitas às escolas durante o ano de 2013, para acompanhar reformas e construções e para saber das demandas locais de cada comunidade escolar. Seu propósito, ao assumir a coordenadoria em fevereiro de 2013, foi o de conhecer as especificidades de cada escola, de escutar e de construir uma relação de horizontalidade e de dialogicidade, assegurando, dessa forma, espaços escolares mais qualificados.
Rosana Santos é professora de História aposentada da rede estadual de ensino, foi diretora da Escola Haydee Mello Rostirolla e sindicalista. Ela construiu uma carreira ilibada no serviço público e por ter a conduta que tem sempre conduziu a gestão com transparência, ética e diálogo. Para que as investigações ocorram de forma tranquila e para que não haja interferências no processo, Rosana ficará afastada temporariamente de suas funções.


Neste interim, a coordenadora-adjunta da 2ª Coordenadoria Regional de Educação, Rosana Chinazzo, assumirá o comando. Esperamos que as atividades na 2ª CRE ocorram de forma tranquila na sequência e que a Operação Killowat responsabilize os possíveis autores de irregularidades. Ainda, que esta Operação tenha valor pedagógico, contribuindo na construção de uma cultura em que a corrupção, em qualquer nível, não encontre mais espaço em nosso país.

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